Quem pretende ingressar na esfera pública federal terá uma boa oportunidade no primeiro concurso, em 21 anos, para o quadro de apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), autarquia do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Como o trâmite relativo à autorização da seleção pelo Ministério do Planejamento está adiantado, a tendência é que a portaria saia já neste mês e, o edital, até dezembro.
De acordo com o diretor de Planejamento, Administração e Logística do Ibama, Edmundo Soares, a inédita seleção, provavelmente, será destinada ao preenchimento inicial de 362 vagas, das quais 324 para técnico administrativo (nível médio ou médio/técnico) e 38 para analista administrativo (superior). A distribuição das oportunidades pelas especialidade e estados não está definida, mas sabe-se que todas as superintendências e a sede, em Brasília, serão contempladas.
Os servidores, que serão admitidos pelo regime estatutário (garantia de estabilidade), terão remunerações de R$2.580,72 (técnico) e R$5.441,24 (analista), incluindo gratificação e auxílio-alimentação (R$304). Além disso, o Ibama concederá vale-transporte e plano médico-odontológico (esse para titular e dependentes).
Outros atrativos são as melhorias feitas nas instalações físicas do Ibama, em cumprimento a recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), e um plano de capacitação que inclui convênios com instituições dos níveis médio e superior, pós-graduação, mestrado e doutorado, bem como cursos a distância. Segundo Soares, entre as áreas listadas pelos servidores, as 15 mais procuradas, como identificação de madeiras e licenciamento, deverão ser oferecidas.
O concurso deverá consistir em avaliações objetiva e discursiva (redação), mas as disciplinas ainda não estão fechadas, segundo o diretor do Ibama. As convocações, que deverão ocorrer logo após a homologação do concurso, poderão ultrapassar o quantitativo inicial de vagas, se houver necessidade.
Na visão do presidente da Associação Nacional dos Servidores do Ibama (Asibama Nacional), Jonas Corrêa, o concurso é fundamental por muitos fatores. "Há vários terceirizados em atividades de servidor. Também há alguns que passaram para a atividade-fim, deslocados para a área-meio, por falta de pessoal. Existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), inclusive para a administração direta. No caso do Ibama, existe um TAC até 2012, se não me falha a memória. Esse seria o prazo para fazer concurso e substituir os terceirizados", disse.
E completou: "O concurso para o quadro técnico-administrativo é uma reivindicação antiga da categoria. Isso sempre foi tratado. O problema vai se agravar ainda mais porque vários servidores da área-meio vão se aposentar. Eles são de órgãos antigos, que formaram o Ibama. Eles já tinham tempo de serviço nessas instituições".
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