PF: área administrativa carece de novos concursos

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Enquanto o lançamento do Plano Estratégico de Fronteiras, no início do mês, aumentou a expectativa pela autorização dos concursos solicitados pela Polícia Federal (PF), visando ao reforço do efetivo policial nas regiões limítrofes do país, a área administrativa do departamento segue carente de um aceno do governo de que dias melhores estão por vir no que diz respeito à gestão de pessoal.

Para a área de apoio, a PF conta com demandas no Ministério do Planejamento, que possibilitarão a contratação de mais 3.328 servidores, ampliando em mais de 120% o quadro atual, que é de 2.716 trabalhadores, segundo dados do próprio Planejamento.

Do total, 328 servidores seriam contratados, por meio de concurso, para o cargo de agente administrativo, que depende apenas de autorização do Planejamento para ser realizado. Já a contratação dos 3 mil restantes depende de aprovação da proposta de reestruturação da carreira administrativa do departamento, que prevê a criação de mil vagas de técnico administrativo e 2 mil de analista técnico administrativo.

Nesse caso, além de obter o parecer favorável da pasta, a proposta precisa passar ainda pela Casa Civil e, em seguida, ser aprovada pelo Congresso Nacional, para, então, seguir para a sanção presidencial. Confirmada a criação das vagas, a abertura de concursos dependerá novamente do Planejamento, que terá que autorizá-los.

A reestruturação da carreira administrativa e a realização de concursos são reivindicadas pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SinpecPF), para solucionar o problema da terceirização de atividades restritas a servidores efetivos, como a emissão de passaportes e o controle migratório, denunciada em reportagem da revista ‘Isto É’, que motivou, inclusive, a criação de um grupo de trabalho na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, em Brasília, para tratar do assunto.

Em manifestação realizada recente em Brasília, a presidente do SinpecPF, Leilane Ribeiro de Oliveira, ressaltou a necessidade de realizar novos concursos para reverter tal quadro. "Esses postos são sim importantes e nós queremos assumi-los. Hoje, não contamos com o número suficiente de servidores para tanto, mas basta o governo reestruturar nossa carreira e realizar um novo concurso para que possamos fazer isso", cobrou.

Contratações beneficiarão também a atividade policial

No dia 8 deste mês, o sindicato promoveu uma paralisação nacional em protesto contra a terceirização e a demora na reestruturação da carreira. No Rio de Janeiro, no entanto, em dois postos de emissão de passaportes visitados pela FOLHA DIRIGIDA, localizados em shoppings centers na Zona Sul da cidade, o serviço não foi prejudicado pela mobilização. Isso porque, segundo foi informado, nesses locais, o atendimento era feito basicamente por policiais federais, com a utilização de poucos servidores administrativos. Nos dois postos, foi negado o uso de terceirizados, o que foi contestado por Leilane Ribeiro do SinpecPF.

Apesar disso, o serviço não passou ileso de críticas quanto à demora no agendamento da emissão do passaporte, que é, em média, de cerca de três meses. A administradora Sheyla Sampaio de Mesquita, que dava entrada no pedido de emissão do documento, contou que agendou a data em fevereiro. Ela reclamou que a demora lhe trouxe até mesmo prejuízos financeiros, pois, sem o passaporte, não pode fechar com antecedência o pacote da viagem que irá realizar em setembro, o que garantiria um desconto na aquisição. Ela irá viajar acompanhada do esposo, que terá que esperar um pouco mais pelo passaporte. "Para ele, eu só consegui agendar para julho", lamentou.

Segundo um dos policiais que prestava atendimento, mas que preferiu não se identificar, para diminuir o tempo de espera, seria necessário aumentar o número de postos. "Mas, para isso, precisaria contratar mais gente para colocar nesses postos", avaliou.

E no entendimento do presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Marcos Wink, para esse serviço, é necessário contratar servidores administrativos. "Como é uma atividade burocrática, eu acho que tem que ser do servidor administrativo", justificou, acrescentando que a contratação de mais servidores para o quadro de apoio possibilitará o aproveitamento, na atividade-fim, de muitos policiais que estão hoje atuando na burocracia da PF.

Fonte : Folha Dirigida



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