A coincidência entre a data de aplicação da prova do concurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com a do Superior Tribunal Federal (TSE) - ambas serão aplicadas no dia 12 de fevereiro - desagradou milhares de concursandos que pretendiam participar das duas seleções. Joyce Eleny, candidata ao cargo de técnico do seguro social, criticou a postura do INSS.
"O edital estava para sair há meses, então, creio ter sido impossível não saber que haveria outra prova importante no mesmo dia", afirmou, além de acrescentar que acredita que a data deveria ser alterada, sobretudo, para dar mais tempo de estudos aos candidatos.
Antônia dos Inocentes, que pretende concorrer a uma vaga de técnico, também defende a alteração da data. "Como o TSE marcou a prova antes, acho que o correto seria o INSS alterá-la. Não gostaria de optar só por um concurso, mas se alguém não ceder, não terei outra opção", destacou.
O presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio ao Concurso (Anpac), Ernani Pimentel, informou que irá encaminhar ao INSS um pedido para se mudar a data da prova, dando també, aos candidatos mais tempo de estudo. "A Anpac irá solicitar que se adie a prova para 11 de março. Dando mais tempo aos candidatos, quem ganha é o próprio INSS, porque candidatos mais preparados são melhores servidores", argumentou.
"Com a prova no dia 12, os candidatos terão que optar entre os concursos. Se o INSS colocar a prova um mês depois vai conseguir polarizar os concorrentes ao TSE. A rigor, o instituto passa a ter uma massa crítica maior, um maior volume de participantes e um nível mais elevado", completou.
O INSS já está a par da questão. Uma eventual alteração da data passaria pelo crivo do presidente da autarquia, Mauro Luciano Hauschild, segundo o Departamento de Gestão de Pessoas do instituto. A expectativa dos candidatos é de que o exame possa, pelo menos, ser realizado em 26 de fevereiro, uma das datas em que o INSS havia reservado para fazer avaliação durante o processo de elaboração do edital.
Até o fechamento desta edição, a Fundação Carlos Chagas, organizadora, não respondeu à FOLHA DIRIGIDA se a entidade acreditava ser viável alterar a data.
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