Está em fase final a elaboração do aguardado edital do concurso para técnico de atividade judiciária e analista judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Caso se confirme a previsão do diretor do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (Dedep) do órgão, Luciano Alt, restarão, a contar desta terça, 6, dez dias para a divulgação do documento, estimado para o próximo dia 15. A expectativa é que as inscrições sejam aceitas em janeiro.
Um dos diferenciais do TJ são as remunerações, que atingem R$3.245,87, para técnicos, e R$4.975,79, para analista, incluindo vencimentos e R$572 de auxílio-alimentação (R$26/dia, tendo como média 22 dias de trabalho). A exceção é para os analistas em execução de mandados (antigos oficiais de justiça), que receberão R$6.296,92, sendo R$572 de auxílio-alimentação e R$1.321,13 de auxílio-locomoção.
Outros atrativos são a estabilidade, garantida por regime estatutário, e a possibilidade de convocações além do quantitativo imediato de vagas. Nesse último caso, a última seleção promovida pelo órgão, em 2007, é um grande exemplo, pois foram abertas 138 vagas (66 para técnicos e 72 para analistas sem especialidade), mas 2.707 candidatos foram chamados (1.717 técnicos e 990 analistas). Há expectativa de que as convocações do novo concurso ocorram já a partir de maio, segundo Luciano Alt.
Vagas - A seleção oferecerá cerca de 270 vagas, sendo 66 para técnicos de atividade judiciária (sem especialidade) e 72 para analistas judiciários (sem especialidade). Enquanto o primeiro cargo requer nível médio, o segundo é para graduados em qualquer área, e não mais exclusivo para formados em Direito, conforme fixa o novo regulamento do concurso.
As demais 132 vagas (número aproximado) se destinarão para nove áreas de analista (psicólogo, assistente social, comissário, execução de mandados, contador, analista de sistemas, bibliotecário, jornalista e médico). Ainda será formado cadastro de reserva, que poderá ser utilizado durante a validade da seleção, de um ano, podendo dobrar.
Os classificados serão lotados, principalmente, no município do Rio (1º, 12º e 13º Núcleos Regionais - NURs), mas unidades do interior também serão contempladas. Além das remunerações, serão concedidos auxílio-creche, plano de saúde e vale-transporte. A prova objetiva de conhecimentos teóricos (primeira etapa) deverá ser aplicada na primeira quinzena de março, segundo Luciano Alt. Ao contrário da última seleção, o exame cobrará Informática, entre outras matérias.
Com provas em dias diferentes, será possível concorrer a mais de um cargo
Rogério Rangel
(rogerio@folhadirigida.com.br)
Bernardo Mendes Barata
(bernardo.barata@folhadirigida.com.br)
Com o objetivo de disseminar ao máximo as oportunidades que serão abertas no concurso para técnico e analista, por meio de edital previsto para sair no próximo dia 15, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) irá aplicar as provas em dias diferentes, segundo o diretor do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (Dedep) do órgão, Luciano Alt.
"Vamos permitir a aplicação das provas em momentos distintos, não só em relação a dias, mas turnos. Como agora o concurso contemplará outras especialidades, fizemos uma composição para que o indivíduo formado em Direito, por exemplo, possa fazer a prova para analista (sem especialidade), técnico, comissário e execução de mandados. Esse cidadão vai poder fazer quatro concursos. Se vai aguentar essa carga, é outra história, mas vamos permitir que isso aconteça", explica. Em se confirmando a informação, a medida permitirá que os candidatos possam concorrer a mais de um cargo.
Luciano Alt completa: "Diferentemente do outro concurso, em que não havia garantia do local de prova, agora estamos solicitando à fundação, na medida do possível, que mantenha o indivíduo no mesmo local, ou muito próximo, a fim de que lhe seja permitido fazer duas provas sem perder muito tempo no deslocamento".
O diretor também garante que as informações continuarão sendo divulgadas de maneira transparente. "Convidamos 18 instituições para trabalhar conosco, e, no momento da busca, uma das nossas imposições foi justamente a de tornar toda fase pública e de fácil acesso aos candidatos. A fundação submeteu-se a essa regra", finaliza. Após a FOLHA DIRIGIDA ter publicado na edição nº 1.008 a primeira parte da entrevista com Luciano Alt, segue abaixo o complemento.
FOLHA DIRIGIDA - No ato da inscrição, o candidato terá que especificar a região para a qual vai disputar o cargo?
Luciano Alt - Certamente. Ele vai poder fazer isso para todas as especialidades, mas aquela escolha dele não será passível de mudança, inclusive no momento da convocação. Não adianta pleitear uma outra região porque, se os concursos são regionalizados, isso não será possível. Então ele tem que definir, de imediato, qual a região de interesse dele.
As provas de técnico e analista serão aplicadas em datas diferentes?
Vamos permitir a aplicação das provas em momentos distintos, não só em relação a dias, mas turnos. No concurso anterior, as provas para técnico e analista foram realizadas no mesmo dia, mas em turnos diferentes, permitindo que o indivíduo pudesse concorrer aos dois cargos. Como agora o concurso contemplará outras especialidades, fizemos uma composição para que o indivíduo formado em Direito, por exemplo, possa fazer a prova para analista (sem especialidade), técnico, comissário e execução de mandados. Esse cidadão vai poder fazer quatro concursos. Se vai aguentar essa carga, é outra história, mas vamos permitir que isso aconteça.
Como o desejo é que as provas transcorram na primeira quinzena de março, significa que um exame será realizado na primeira semana e o outro na segunda?
Não necessariamente. Vamos aplicar as provas sempre com a intenção de possibilitar que os candidatos tenham meios de realizar, pelo menos no mesmo dia, duas avaliações. E iremos um pouco mais além. Diferentemente do outro concurso, em que não havia garantia do local de prova, agora estamos solicitando à fundação, na medida do possível, que mantenha o indivíduo no mesmo local, ou muito próximo, a fim de que lhe seja permitido fazer duas provas sem perder muito tempo no deslocamento. Essa é uma das garantias que a Fundação Carlos Chagas nos deu. É claro que isso depende da opção por região. Não será admitido, por exemplo, que um candidato que escolha a segunda região venha fazer prova na primeira. Se ele vai realizar dois concursos no mesmo dia, ambos têm que ser para a mesma região. Caso contrário, praticamente será impossível se deslocar a tempo. As provas serão aplicadas em todas as regiões para aqueles concursos que forem divididos. Exigimos isso da organizadora, que escolhesse geralmente a cidade sede do Núcleo Regional para aplicação dessas provas. Então, se o concurso for para 11 regiões, a prova será feita em 11 cidades.
Até pelo histórico do último concurso, podemos afirmar que o TJ-RJ tem a tradição de convocar muitos aprovados?
Não é que seja uma tradição, mas é comum o tribunal fazer isso. Mencionamos no edital as vagas necessárias naquele primeiro instante, quando elaboramos o documento. Ouvimos juízes e os responsáveis pelos Núcleos Regionais e chegamos àquele resultado. Mas, ao longo da validade do concurso, o tribunal passa por diversos momentos de maiores necessidades e isso faz com que tenhamos que convocar mais candidatos. Isso vai ficando mais evidente com a separação dos concursos por região. Muitos candidatos perguntam porque convocamos muito para uma região e não tanto para outra. Cada uma tem sua peculiaridade e necessidade, e essa é a grande vantagem do concurso regionalizado. Há alguns anos, as seleções não eram divididas em regiões, e o indivíduo era convocado para trabalhar em uma comarca distante. Com isso, havia desistência imediata. Então, a regionalização e independência entre as regiões trazem essa vantagem.
De maneira equivocada, alguns órgãos e organizadores não se preocupam em manter os candidatos bem informados. Desde o início, o senhor vem mantendo a postura de deixá-los cientes dos fatos, passando as previsões. Está deixando isso bem claro para a Fundação Carlos Chagas?
Com certeza. Convidamos 18 instituições para trabalhar conosco, e, no momento da busca, uma das nossas imposições foi justamente essa, a de tornar toda fase pública e de fácil acesso aos candidatos. A fundação submeteu-se a essa regra. Ela não pode deixar de publicar a previsão de realização das fases e o acesso ao cartão-resposta no site, entre outras coisas.
Mesmo com a prorrogação das datas previstas, esse comportamento é fundamental para manter o candidato bem informado?
Com toda certeza. É preciso que o candidato saiba que existe uma série de trabalhos internos e geralmente não são tornados públicos. Eles impedem que efetivemos nossas previsões. Ainda estamos em um momento de ajuste, mas, como tem havido bastante evolução nessa negociação com a fundação, acreditamos que consigamos publicar o edital no dia 15. E contamos com a FOLHA DIRIGIDA para tornar isso mais público do que somente o Diário de Justiça Eletrônico.
O que é ser servidor do Tribunal de Justiça?
Posso me basear na minha experiência. Entrei no tribunal em um outro momento, quando, obviamente, a disputa não era tão acirrada como agora. Em dois anos, consegui ser responsável por uma pequena equipe e o meu trabalho foi crescendo. Para mim, é uma honra muito grande trabalhar no tribunal e eu espero que o candidato também pense dessa forma. É claro que sem estudo, perseverança e inteligência, não vai passar. É preciso abdicar de algumas coisas.
Que mensagem deixa para quem se prepara para o concurso?
Tenha muita perseverança, insistência e estudo. O candidato geralmente demora a entrar no clima de concurso. Aquele que já está estudando, o teimoso, esse é que vai fazer a diferença entre os demais. Há vários anos chegamos à conclusão de que a grande massa de concorrentes só estuda quando é publicado o edital. E entre a publicação do edital e a realização da prova, só transcorrem dois meses. Digo para o candidato abdicar de certas coisas porque não irá se arrepender.
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