Na manhã deste domingo, dia 18, a FOLHA DIRIGIDA acompanhou, na Unisuam de Bonsucesso, subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, a aplicação da prova objetiva de técnico judiciário sem especialidade do Tribunal de Justiça fluminense (TJ-RJ). O cargo reuniu, em todas regiões, 53.008 inscritos, mas o número de faltosos na universidade e nos outros locais não foi informado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), organizadora.
Embora a Unisuam concentrasse um grande número de candidatos, fato comprovado pela fila que terminava em outra rua, e os órgãos de Segurança Pública, como polícias Civil e Militar e Guarda Municipal não estivessem presentes, não foi registrada nenhuma confusão, deixando o concurso marcado pela tranquilade. O trânsito estava lento nas imediações, mas não houve grande congestionamento.
Em meio ao tempo nublado e ameno, que registrava em torno de 27ºC, os ambulantes aproveitaram a grande movimentação para vender comidas, bebidas e canetas esferográficas transparentes de tinta preta, material indispensável para realizar a prova.
Apesar de a FCC ter estipulado as 7h30 como horário de chegada dos concorrentes, já que os portões seriam fechados às 8h, muitos compareceram à Unisuam nos momentos finais, causando certa apreensão para quem acompanhava a cena. No entanto, como a organização deu tolerância de dois minutos, quase todos os atrasados puderam entrar, à exceção de apenas dois, que não quiseram dar entrevista.
Cena comum em grandes concursos, diversos acompanhantes aguardavam, do lado de fora da universidade, por familiares, amigos ou companheiros que realizavam a avaliação. Segundo José Luís Lopes, de 45 anos, que aguardava a filha, a sua companhia contribui no fator psicológico. "Estou esperando minha filha, como sempre faço nos concursos que ela realiza. Isso é importante para ela, que se sente mais segura", declarou.
Os participantes Maria Cláudia Souza Coelho Rocha, de 34 anos, e Marcus Vinícius de Oliveira Alfama, de 24, demonstravam otimismo momentos antes de entrar na faculdade. "Me preparei bem, pois fiz um curso pela internet e já tinha feito outro. Estudei cerca de um ano", comentou Maria Cláudia Souza. "Estou bastante otimista. Espero estar à altura para passar na prova. Estudei muito nos fins de semanas", explicou Marcus Vinícius de Oliveira.
Ao fim do exame, as opiniões sobre o nível de dificuldade foram diversificadas. "Achei a prova difícil. Tive um pouco de problemas em algumas matérias, principalmente em Direito Processual Civil e Direito Processual Penal. Nas outras disciplinas, caiu mais ou menos o que eu estava esperando. Estudei para ser aprovada", lamentou a candidata de 19 anos Maria Stephania, que cursa graduação de Matemática.
Já para o universitário Pedro Braga, que possui 20 anos e está se formando em Engenharia da Computação, a avaliação foi fácil. "Acredito que fiz uma boa prova. As questões estavam bem trabalhadas, ao meu ver. Se você estudou, teve uma boa base, deu para fazer a prova bem. Me preparei durante seis meses e nenhuma disciplina me deixou com mais dificuldade. Acho que serei aprovado", revelou.
Embora tenha feito uma ressalva, Márcia Leonel, de 29 anos, que cursa faculdade de Administração, compartilhava da mesma opinião de Pedro Braga. "A prova estava fácil, mas um pouco cansativa em Português, com textos bem grandes. No entanto, o nível de profundidade das questões estava condizente com o cargo de técnico do TJ. Gosto bastante da área administrativa e busco estabilidade. Espero ser aprovada", finalizou.
Por volta das 11h, a organizadora informou à equipe de reportagem da FOLHA DIRIGIDA que a aplicação do exame no local, prevista para terminar cerca de 13h, estava como o esperado, sem grandes incidentes que prejudicassem o processo. No entanto, o coordenador na Unisuam de Bonsucesso não quis dar declarações. Fonte : Folha Dirigida
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