UFRJ: Pressa na convocação dos aprovados, além do número de vagas

quinta-feira, 8 de março de 2012

Com as inscrições já abertas, o concurso para a área de apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vem atraindo a atenção de muita gente, em busca de estabilidade, crescimento profissional e benefícios importantes, como o incentivo à qualificação. O detalhamento das possibilidades na instituição foi feito pelo pró-reitor de Pessoal, Roberto Gambine, acrescentando a tradição de aproveitamento além das vagas iniciais.

Segundo Gambine, "com certeza chamaremos além dos 197 (classificados). Não sei dizer um número exato, mas serão quantos pudermos, sempre de acordo com a disponibilidade de vagas." O pró-reitor também destaca que tem pressa na convocação dos aprovados. "Iniciaremos as convocações assim que o concurso for homologado, em 30 de junho. Queremos que os 197 primeiros classificados já estejam trabalhando até o final de julho ou início de agosto"

FOLHA DIRIGIDA - Qual é a importância desse concurso para a UFRJ?
Roberto Gambine - Nós consideramos que a possibilidade de fazer concurso é a garantia de sucesso da universidade. O que faz a diferença na instituição é o quadro de servidores. Procuramos sempre atualizar o pessoal, garantindo, dessa forma, a qualidade do que é feito pela universidade. Se você não faz concurso, a tendência é ter uma ruptura na lógica de funcionamento, pois perde-se qualidade no serviço, e isso compromete a existência da instituição. Concurso público é essencial. Sem ele, a universidade está condenada ao fracasso.

Por que as inscrições são feitas somente pela internet? Os senhores abrir pelo menos um posto presencial, para quem não possui internet, como acontece na maioria dos concursos?
Em princípio, não. Em nosso último concurso, as inscrições foram apenas pela internet, não tivemos nenhuma reclamação e ainda conseguimos 40 mil inscritos, sendo 30 mil pagantes. O investimento para montar uma estrutura dessas e a possibilidade de respostas não justificaria. Hoje em dia, isso não é considerado um impedimento.

Todas as 197 vagas são para contratação imediata? Os aprovados serão chamados de uma só vez?
Sim, são vagas imediatas. Se tudo correr bem, iniciaremos as convocações assim que o concurso for homologado, em 30 de junho. Queremos que os 197 primeiros classificados já estejam trabalhando até o final de julho ou início de agosto.

Além das vagas imediatas, há possibilidade de mais aprovados serem convocados?
Com certeza chamaremos além dos 197. Não sei dizer um número exato, mas serão quantos pudermos. O decreto que regulamenta os concursos permite, se eu não me engano, que chamemos até uma vez e meia o número de vagas disponível para cada cargo. Convocaremos quantos aprovados pudermos ao longo da validade da seleção, sempre de acordo com a disponibilidade de vagas.

O cargo com maior carência atual é assistente em administração?
Sim, esse é o nosso cargo-chefe, porque o assistente em administração pode se adaptar a qualquer área da universidade, se adequando às mais diferentes funções existentes. Sempre temos carência e necessidade desses profissionais, pois todos os servidores que atuam aqui os pedem. Quando solicitam algum tipo de funcionário na Pró-Reitoria, é assistente em administração. Temos, ainda, outro cargo-chefe do concurso: técnico de laboratório, que é, também, essencial para a universidade, e podemos colocá-lo em qualquer lugar.

A tendência é que sejam convocados mais assistentes do que o previsto no edital, assim como ocorreu na última seleção?
A gente sempre chama além do número inicial. Temos conseguido uma aprovação muito boa dos concursos que são homologados, ou seja, a diferença de pontuação entre o primeiro e o último colocado da lista é bem pequena. Isso nos dá tranquilidade, pois mostra que conseguimos fazer uma boa seleção. Então, mesmo que eu vá utilizando um número maior de aprovados na lista, não quer dizer que estamos perdendo em qualidade.

Muitos servidores da UFRJ já têm idade para se aposentar?
Sim. Nós ficamos quase dez anos sem fazer concursos, nos anos 90, e isso gerou um déficit brutal de pessoas que faleceram ou se aposentaram, fazendo com que, hoje, um grande contingente da universidade já possa se aposentar. Por isso temos uma grande preocupação em fazer novos concursos, para que não tenhamos uma quebra no funcionamento essencial da instituição. Se mantivermos essa política de garantia permanente de concursos, com a regra de reposição das vacâncias, imagino que teremos, em pouco tempo, a possibilidade de estar com o quadro enxuto, para que possamos funcionar sem grandes carências.

Existe algum incentivo aos servidores na instituição?
Sim, e é muito interessante. Temos uma prerrogativa na nossa carreira que se chama incentivo à qualificação. A gente tem três possibilidades de crescer. Uma, é a progressão por mérito. Depois de um ano e meio, ou seja, 18 meses, você é avaliado e, se a avaliação for positiva, terá um aumento no padrão de vencimento. São 16 padrões de vencimento para cada uma das cinco classes, de A a E. O padrão um é o inicial da carreira e o 16 é o final dela. Outra possibilidade de crescimento é a progressão por capacitação, feita através de quatro níveis dentro de cada classe e de cada padrão. Então, você passa por um processo de capacitação, sai do nível um para o dois, e assim sucessivamente. Com isso, o vencimento pode aumentar antes mesmo de você subir de padrão, ou seja, antes da avaliação que é feita a cada 18 meses.

Como é feita essa avaliação de capacitação?
O servidor passa por cursos que a gente oferece aqui, em várias áreas. Sugerimos o programa, a pessoa se inscreve e, se é aprovada, ganha um certificado e pode progredir por capacitação. Quanto mais cursos o servidor fizer, melhor a qualificação e, consequentemente, o salário. Agora, um dos fatores que mais atrai os candidatos é o fato de termos o incentivo à qualificação.

Como é o incentivo à qualificação?
Toda vez que o servidor adquire uma escolaridade superior à exigida para o cargo que ocupa, ganha um percentual sobre sua remuneração. Por exemplo, para o assistente em administração, a exigência é o nível médio. Se ele entra já tendo o superior, imediatamente pode dar entrada em um processo que o fará ganhar 10% a mais na remuneração. Se ele tiver uma especialização, 27%. Se for mestrado, 52%, e, para quem é de nível superior e tem doutorado, 75%.

Os servidores da UFRJ contam com diversos benefícios. O senhor poderia falar um pouco sobre eles?
Temos o auxílio-alimentação, no valor de R$304, que entra junto com o salário. Há ainda o auxílio-transporte, que varia de acordo com a necessidade de deslocamento de cada um; o auxílio-creche, de R$89 por filho (até 5 anos e 11 meses) e o auxílio-saúde, que varia conforme a faixa etária e a faixa salarial do servidor, sendo extensivo aos seus dependentes. Além disso, temos o Projeto Educação Esportiva, constituído por uma escolinha de futebol que trabalha com os filhos e filhas dos servidores que têm entre 11 e 16 anos.

Onde os futuros servidores serão lotados? Eles poderão escolher o local ou é a critério da universidade?
Eles não poderão escolher, o local será a nosso critério. A gente faz as demandas de todas as unidades e, a partir daí, vamos conciliando com os cargos oferecidos, distribuindo os aprovados por toda a universidade. Na capital, eles serão lotados no campus da Praia Vermelha, Instituto de Filosofia e Fundos Sociais, Escola de Música, Faculdade de Direito, Museu Nacional e no Fundão, que é onde há a maior demanda. Além desses locais, há vagas, ainda, para Macaé e Xerém. Levamos em consideração a moradia, a fim de que seja mais fácil o deslocamento da pessoa.

Os candidatos serão divididos em dois grupos para a realização da prova objetiva, sendo os assistentes em administração no dia 15 de abril e, os restantes, um dia antes. O objetivo é proporcionar aos candidatos a possibilidade de concorrer a duas funções?
Exatamente. Por exemplo, temos recebido ligações de pessoas interessadas em concorrer aos cargos de assistente em administração e administrador de edifícios. Não há problema algum, o candidato poderá efetuar duas inscrições distintas, sendo uma para cada função.

Que medidas a UFRJ tomará para garantir a lisura e a transparência do concurso?
Temos a tradição de trabalhar com os servidores da UFRJ tanto nos concursos quanto no vestibular, o que traz um elevado grau de confiança, devido ao compromisso institucional desses profissionais. Com isso, estabelecemos um processo de controle que evita que fiquemos vulneráveis. Sofrer qualquer problema no concurso é uma derrota, tanto para o candidato quanto para nós. O importante é que tenhamos um processo amplo, em que as regras sejam bem claras, para que todos possam concorrer e ser aprovados em função do seu próprio mérito. Com isso, conseguimos os melhores servidores.
Fonte : Folha Dirigida



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