IPEM-SP: Superintendente confirma concurso para 435 vagas

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Com o pedido de concurso público para 435 vagas enviado à Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania no último dia 20, o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) espera publicar o edital de abertura de inscrições em outubro. Esse é o cronograma mais otimista traçado pelo superintendente do órgão, José Tadeu Rodrigues Penteado. "O pior dos cenários seria dezembro", explica. A primeira convocação será para 108 servidores, entre técnicos e especialistas, programada para junho de 2013.O pedido prevê a contratação gradual de 164 oficiais de apoio, 108 analistas, além de 105 técnicos e 58 especialistas. Os cargos de oficial e técnico exigem ensino médio. Analistas e especialistas deverão ter nível superior. Os vencimentos variam de R$ 2.431,20 e a R$R$ 5.581,20.

O superintendente também detalha quais são as exigências de cada cargo e adianta algumas das áreas de formação a serem exigidas. Penteado afirma que já existe planejamento do órgão de criar mais vagas em 2015. "No Estado de São Paulo, pelo tamanho que possui, o que já foi identificado pelo Inmetro, é possível a ampliação do quadro funcional do Ipem para um número bem maior do que esse concedido pela lei", estima Penteado.

Há pouco mais de seis meses, a previsão do Ipem-SP era de disponibilizar 120 vagas para concurso. O pedido foi de 435. Como foi possível esse aumento no quantitativo ofertado?

Fizemos um estudo e é possível contratar desde que no completamento das vagas demos prioridade para contratação no primeiro ano de 25% de especialistas e técnicos, que vão compor as equipes de fiscalização. A nossa receita é própria. O mais importante é que esse concurso e as despesas com a folha de pagamento desses servidores que integrarão os quadros do Ipem não serão feitos com o aporte de recursos do Estado de São Paulo. São recursos oriundos de transferência federal. Nós conseguimos com o nosso próprio trabalho alavancar a nossa receita para ter investimentos, buscar a contratação por concurso público e isso vai possibilitar que no primeiro ano possamos chamar especialistas e técnicos. Tem mais uns dois ou três analistas e uns quatro oficiais. Houve uma evasão muito grande de especialistas, seja por aposentadoria ou por falecimento. O nosso quadro é muito antigo.
A gente pretende compor agora a quantidade que a gente precisa de especialistas e técnicos.

Quais serão as áreas de formação solicitadas aos especialistas?
Os especialistas vão trabalhar na fiscalização, em metrologia. Eles vão poder ter superior nas áreas de Exatas. Não precisa ser especificamente Informática ou Engenharia. Basta que ele tenha formação em Exatas, porque ele vai precisar muito de Matemática.

E para técnicos, quais serão as áreas de formação exigidas?
O técnico vai poder ter ensino médio ou ensino técnico profissionalizante. A gente vai pedir um maior número de vagas para aqueles que possuem curso técnico profissionalizante de qualquer
espécie da área de Exatas. Não há uma especificação. Nesse primeiro momento, nós vimos necessidades internas. A nossa preocupação primeiro foi identificar o nível de necessidades que a autarquia possui para compor a equipe de fiscalização. Nós temos metas, planos de trabalho e planos de aplicação pactuados com o Inmetro e uma curva de crescimento que nós nos comprometemos a executar, e, para isso, precisamos compor as equipes que já estão carentes de técnicos. Nós identificamos as necessidades por área. Um estudo que o RH está realizando está procurando identificar qual é a necessidade com relação a nível de formação. Quem tiver o curso técnico de Metrologia vai ter uma pontuação.

Vocês já tomaram providências para contratação da organizadora?
A gente já está pesquisando as empresas e a forma de contratação. Nós traremos alguma como a Cesgranrio, a FGV, empresas de nível, porque esse é o nosso primeiro concurso após a edição da lei. Então, nós queremos que ele seja muito bem realizado por uma empresa com larga experiência de mercado. Nós pretendemos fazer uma licitação. Estamos só aguardando a autorização do governo, mas a lição de casa nós já estamos fazendo: o estudo do RH para identificação de quais cursos de graduação de nível superior vamos precisar efetivamente. O pedido saiu e já começou um processo interno preparando toda a estrutura necessária para a realização do concurso. Assim que o processo voltar, estaremos prontos a disparar a fase externa do concurso.


Qual a previsão de publicação do edital?
O melhor dos cenários seria publicar esse edital em outubro. O pior dos cenários seria dezembro. Depende agora do trâmite. Nós vamos acompanhar com ansiedade a tramitação do processo na Casa Civil. Eu tenho certeza de que a secretária de justiça vai encaminhar rapidamente o pedido de autorização para a Casa Civil e provavelmente isso vai percorrer a Unidade Central de Recursos Humanos e a Secretaria da Fazenda apenas para confirmação das vagas, de preenchimento do corpo funcional, atendimento das normas do estado e de orçamento, para que a Fazenda possa atestar informações sobre os nossos recursos próprios, do fato de recebermos recursos federais para o nosso custeio. É uma vantagem que nós temos receita própria e não dependemos de recursos do estado. A minha expectativa é de que até o final do ano a gente consiga publicar o edital e que possamos realizar o concurso no mais tardar em janeiro. Esses 25% que é possível chamar em 2013 estão previstos na folha de julho a dezembro desse ano. Então, eles já estariam contratados e trabalhando no mês de junho e recebendo o seu primeiro salário a partir de julho de 2013. A gente precisa correr e publicar o edital esse ano, para ser possível o prazo de inscrição, realização das provas e toda a sequência do concurso, a correção das provas, os recursos a realização das provas. E tudo isso a gente precisa fazer em três meses.

Quais unidades do Ipem-SP o concurso vai contemplar?
Vai ser para todo o estado de São Paulo. Nós temos 17 delegacias, 13 no interior. Neste sentido, a gente identificou quais as áreas do estado de São Paulo, quanto cada delegacia precisa, quanto cada região de São Paulo, nas quatro delegacias dentro da capital, precisam. E fizemos um levantamento em todos os cinco departamentos da área meio e também dos quatro da área-fim (áreas técnicas), para saber qual o pessoal de apoio, analista e oficial que são necessários. Neste primeiro momento,a gente identificou as necessidades por área. Agora, com o estudo que o RH está realizando vai identificar o tipo de formação.

No caso dos analistas, quais tipos de formação serão exigidos?
Eu já sei que o Departamento de Análises e Processos precisa de advogados, o Departamento de Administração precisa de engenheiros, mesmo sendo analista, porque ele trabalha com licitação, com obras. Ele vai tabalhar com contratos de obras e de manutenção, contratos que dão suporte à área-fim. Vamos precisar de analistas com todo o tipo de formação de Informática, como desenvolvedores, e também jornalista para a nossa área de comunicação. Cada área tem uma vocação própria

O Ipem-SP poderá convocar mais pessoas do que as 435 vagas iniciais? Por exemplo, há pessoas que podem sair do Ipem por aposentadoria e por outros motivos.
Fizemos um estudo de quem por ventura saia por aposentadoria. Nós sabemos quanto precisamos contratar para suprir esses postos. O estudo já leva em consideração as pessoas que devem se aposentar até 2015. Quanto a novas contratações, nós não podemos extrapolar os 435. Teria de ser feito um outro pedido e eu teria de ter quadro para isso. Agora, isso é algo que ainda está um pouco longe. Esse estudo já atende bem. Faltando até dez servidores que saiam por outros motivos que não sejam a aposentadoria nós ainda suportamos. O que queremos logo é pedir um aumento do quadro para poder fazer um concurso mais robusto mais adiante.Eu acredito que o número de vagas do Ipem tenha de ser objeto de suplementação para esse número para os próximos dez anos, porque o Ipem vai crescer mais ainda.

Quantas novas vagas precisam ser criadas?
No Estado de São Paulo, pelo tamanho que possui, o que já foi identificado pelo Inmetro, é possível a ampliação do quadro funcional do Ipem para um número bem maior do que esse concedido pela lei. Há vagas criadas para 1.020 servidores. Nós estamos hoje com aproximadamente 810 servidores. Da área fim, nós temos 650. O ritmo de crescimento nos aponta que, em dez anos, nós vamos aumentar pelo menos 50% do quadro. Seriam em torno de 500 a 600 vagas. Isso sem onerar um tostão do estado de São Paulo, porque é um convênio efetuado com o Inmetro para a fiscalização das atividades metrológicas do estado de São Paulo, todo ele remunerado por esse convênio.

Quando vocês pretendem pedir esse aumento de efetivo?
Depois de 2015, quando nós vamos estar preparados para avaliar a perspectiva de crescimento para 2016 e 2017. Pretendemos alcançar uma meta que já está prevista para 2014. Superando essas metas, podemos acelerar o pedido de ampliação do quadro. As metas de 2014 nos vão indicar o tempo que vamos precisar para pedir a ampliação do quadro.

Os cargos de técnico e analista exigem curso de formação. Como funciona?
Eles serão habilitados em curso específico de Metrologia e Qualidade reconhecido pelo Inmetro e terão contato com a legislação metrológica, toda técnica e procedimentos específicos de ensaios em Metrologia, feitos tanto em laboratório do Ipem quanto os ensaios de campo para aferir determinado produto. É um curso de capacitação mesmo, com provas. O candidato se submeterá às provas e se ele não passar, pode inclusive não ser chamado. É um curso de 180 dias, com material, o dia todo. Ele já estará recebendo. Todo mundo da área de Exatas estará habilitado. Ele acaba sendo o fator de aferição da capacidade do servidor nos três meses de experiência. A lei exige que ele tenha o curso.

ELIANE ANJOS
eliane.dantas@folhadirigida.com.br Fonte : Folha Dirigida



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