A suspensão do concurso da Polícia Federal (PF) para escrivão, delegado e perito, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de liminar concedida no dia 9 de julho, prazo de encerramento das inscrições, gera ansiedade nos que se candidataram às 600 vagas oferecidas pelo departamento.
A FOLHA DIRIGIDA conversou com alunos do curso preparatório Ícone, que aguardam a retomada da seleção. Apesar da expectativa para que o futuro do concurso seja resolvido o mais breve possível, muitos aproveitam esse tempo para revisar a matéria e se preparar ainda mais.
"É claro que a suspensão do concurso causa tensão em todos nós, que estamos aguardando algum pronunciamento sobre o futuro da seleção. Apesar disso, tenho procurado ver pelo outro lado, que são os ganhos que ela causou. Ganhei mais tempo para estudar e isso é muito positivo, pois posso apefeiçoar algumas matérias que tenho mais dificuldades", explicou Leandro Gervásio, de 32 anos.
Quem também prefere olhar o problema pelo lado positivo é Vitor Barata, de 29 anos. "Estou revendo o conteúdo e fazendo questões da banca organizadora, para poder aprimorar tudo que já sei. Como estou seguro quanto à realização do concurso, tento manter a calma dando proseguimento aos estudos para quando a data da prova for divulgada estar muito bem preparado", afirmou.
A reclamação ajuizada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que levou à suspensão do concurso, divide opiniões. O professor de Direito Administrativo Alexandre Prado, do Curso Ícone,
apoia o recurso preparado pela Advocacia-Geral da União (AGU), que vai contra a decisão. "Acredito que não ter reserva de vagas para portadores de deficiência nos cargos em oferta é compreensível,
devido à natureza das funções destes profissionais. Essas carreiras exigem aptidão plena do candidato em função das atribuições a serem desempenhadas diariamente", argumentou.
Para o especialista na área de Segurança Pública e coordenador do Curso Ícone, Ronaldo Bandeira, os candidatos devem aguardar e se concentrar no prosseguimento dos estudos. "Como o concurso está paralisado por ordem judicial, é preciso que nesse momento os candidatos prossigam os estudos e tirem proveito desse obstáculo, já que há mais tempo para estudar, revisar a parte teórica e resolver o maior número de exercícios possíveis", disse.
"Acredito que o concurso será retomado em breve, até porque se essa suspensão durar muito tempo afetará a segurança dos grandes eventos que o país irá sediar, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Os candidatos não devem desanimar e sim continuar a estudar para fazer uma ótima prova e conseguir ingressar na Polícia Federal. Quanto mais tempo para se preparar, melhor", concluiu Prado. Fonte : Folha Dirigida
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