A realização de um novo concurso público para a área de atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) depende de autorização do Ministério do Planejamento (MPOG). Segundo a Assessoria de Imprensa do Ministério da Previdência Social, pasta a qual o INSS está vinculado, o pedido foi feito para prover 2 mil novas vagas, distribuídas pelos cargos de técnico e analista do seguro social.
Em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, a chefe do Serviço de Recursos Humanos da Superintendência Regional Sudeste II, Sônia Caram, revelou que a realização da seleção tem sido discutida pela autarquia. "Participei de inúmeros eventos e encontros, onde discutimos a necessidade de contratação de novos servidores para a área de atendimento. Esse pleito é frequente em nossa pauta de reivindicações."
Com exigência de nível médio, o cargo de técnico do seguro social é responsável por atender aos segurados da previdência e pelo desenvolvimento de atividades administrativas. Os vencimentos iniciais são de R$2.980 (contando com auxílio-alimentação de R$304), que somados à gratificação de desempenho podem chegar a R$3.280.
Já a função de analista do seguro social requer nível superior, independentemente da área de formação. Esse profissional é encarregado de analisar e conceder benefícios. Os rendimentos iniciais são de R$4.917 (incluso o auxílio-alimentação de R$304), que acrescidos da gratificação de desempenho podem ser elevados a R$5.580.
Ainda segundo a Assessoria de Imprensa do Ministério da Previdência Social, o novo concurso será realizado para adequar e fortalecer a estrutura do INSS à implantação do Plano de Expansão da Rede de Atendimento da autarquia (PEX), que prevê a criação de 720 agências em todo o país, até o fim de 2011 (375 agências já estão em construção).
O PEX fará com que o INSS aumente a sua demanda de trabalho, passando a atuar em 1.670 cidades brasileiras. Atualmente, o INSS está presente em 950 municípios.
Último concurso expirou em abril
O último concurso para a área de atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ocorreu em 2008 e teve oferta de 2 mil vagas, sendo 1.400 para técnico e 600 para analista. O prazo de validade da seleção, organizada pelo Cespe/UnB, foi de um ano, prorrogável por igual período. Ele foi extinto em 23 de abril deste ano (não há possibilidade de nova prorrogação).
Ao todo, foram convocados 3 mil concursados, sendo 2 mil referentes às vagas inicialmente oferecidas e mil (700 técnicos e 300 analistas), representando a possibilidade de convocação de até 50% a mais de aprovados que o número de vagas inicial em concursos de âmbito federal, caso haja autorização do Ministério do Planejamento (MPOG).
O processo seletivo constou de uma prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório. A avaliação teve 130 questões, sendo 30 de Conhecimentos Básicos, 30 de Complementares e 70 de Específicos, exceto para analista na especialidade de Direito, que responderam a 70 perguntas de Conhecimentos Básicos e 80 de Específicos.
Foram aprovados os candidatos que obtiveram, pelo menos, dez pontos nas disciplinas básicos, seis nas complementares, 18 nas específicas e 48 no conjunto da avaliação.
Chefe de RH confirma carência de pessoal
Em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, a chefe do Serviço de Recursos Humanos da Superintendência Regional Sudeste II do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Sônia Caram, explicou que a realização de um novo concurso público para a área de atendimento, que abrange os cargos de técnico e analista do seguro social, tem sido tema de constante debate na autarquia. "Participei de inúmeros eventos e encontros, onde discutimos a necessidade de contratação de novos servidores para a área de atendimento. Esse pleito é frequente em nossa pauta de reivindicações", disse, ressaltando que o presidente do INSS, Valdir Moysés Simão, está ciente da necessidade de contratação de novos servidores.
Sônia afirmou, ainda, que aproximadamente 50% dos 9.525 servidores da Regional Sudeste II terão condições de se aposentar em breve. Além disso, ela disse acreditar que essa projeção pode ser feita para todo o quadro do pessoal do INSS. "É evidente que isso não quer dizer que eles todos irão se aposentar amanhã ou depois amanhã. Mas isso nos preocupa bastante, porque existem muitos profissionais que estão com muitos anos de serviço. Acredito que também possamos fazer essa projeção para todo o INSS", salienta.
A Superintendência Regional Sudeste II abrange os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.
FOLHA DIRIGIDA - Segundo a Assessoria de Imprensa do Ministério da Previdência Social (MPS), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) solicitou ao Ministério do Planejamento (MPOG) autorização para realizar concurso público, com oferta de 2 mil vagas para a área de atendimento, que contempla os cargos de técnico e analista do seguro social. A senhora tem informações sobre esse pedido?
Sônia Caram - Participei de inúmeros eventos e encontros, onde discutimos a necessidade de contratação de novos servidores para a área de atendimento. Esse pleito é frequente em nossa pauta de reivindicações. O presidente do INSS, Valdir Moysés Simão, está ciente da necessidade de contratar mais profissionais, em virtude da carência de pessoal e do alto índice de aposentáveis. Em relação ao pedido, eu não posso confirmar essa informação. Mas, o INSS, como um todo, sabe que necessitamos contratar mais servidores e, para isso, é necessário fazermos um concurso público.
Como está composto o quadro de pessoal da Superintendência Sudeste II? Quantos servidores estão na ativa?
Atualmente, a Superintendência Regional Sudeste II conta com 9.525 servidores, que estão distribuídos pelas funções de técnico, analista e perito médico. Desse quantitativo, 9.361 estão ativos e 164 foram cedidos a outros órgãos da esfera federal. A superintendência possui quase 25% dos servidores do INSS.
Os 9.361 servidores ativos são suficientes para atender à demanda de trabalho da superintendência?
Não. O atual quantitativo de servidores em atividade não é suficiente para suprir a demanda de trabalho. Os gerentes executivos de cada uma das nossas gerências, frequentemente, expõem esse problema.
Quantos servidores seriam necessários?
Eu não tenho condições de precisar essa informação, sem que seja feito um estudo pormenorizado para levantar a carência real de servidores, haja vista que temos 22 gerências executivas no âmbito da Superintendência Sudeste II, e eu não tenho como avaliar a realidade de cada uma delas. Em cada gerência existem de sete a nove agências. Então, temos aproximadamente 200 agências. Embora eu não tenha como precisar quantos servidores a mais deveríamos ter, a carência de pessoal eu reconheço. Ela é uma verdade, pois ficamos muitos anos sem realizar concurso público. Recentemente, em 2003 e 2008, fizemos concursos para a área de atendimento. Em abril, o INSS recebeu do Ministério do Planejamento (MPOG) autorização para convocar mais mil aprovados da seleção de 2008, que teve oferta inicial de 2 mil vagas. No entanto, assim mesmo, os 3 mil profissionais que foram contratados não supriram a necessidade de pessoal, já que ficamos muito tempo sem concurso público.
E em relação às aposentadorias?
Essa é uma das nossas preocupações. Dos nossos 9.525 servidores, aproximadamente 50% já reúnem ou irão reunir as condições para solicitar a aposentadoria, em breve. É evidente que isso não quer dizer que eles todos irão se aposentar amanhã ou depois amanhã. Mas isso nos preocupa bastante, porque existem muitos profissionais que estão com muitos anos de serviço. Acredito que também possamos fazer essa projeção para todo o INSS.
Em virtude da carência de pessoal, que a senhora não pôde dimensionar, e do quantitativo de aposentáveis, que está próximo ao 50%, um concurso com 2 mil vagas para a área de atendimento seria suficiente?
Eu prefiro acreditar que ele seria um primeiro passo.
Recentemente, a Previdência Social completou 87 anos e, pouco antes disso, começou a implantar o Plano de Expansão da Rede de Atendimento (PEX), que prevê a criação de 720 novas agências, em todo o país, até o fim de 2011. Como a senhora qualifica a importância do PEX?
O Plano de Expansão é uma proposta interessante, já que permitirá que a Previdência Social, por meio do Instituto Nacional do Seguro Social, esteja efetivamente presente em diversos municípios pelo país afora. Ele facilitará a vida de milhares de segurados, que, muitas vezes, são obrigados a se deslocarem para cidades distantes para poderem pleitear os seus direitos. O plano também é importante na medida em que o INSS é o grande gerador de rendas de vários desses municípios, que são geridos pelos benefícios concedidos pela Previdência Social.
Segundo o Ministério da Previdência Social, das 720 novas agências, 72 serão criadas na Regional Sudeste II, sendo 48 em Minas Gerais, 14 no Espírito Santo e 10 no Rio de Janeiro. Para que elas funcionem plenamente, quantos servidores serão necessários para cada uma delas?
Ainda não houve um concurso específico para contemplar as agências construídas pelo PEX. Elas serão agências menores e terão de três a quatro servidores cada. Está em curso um processo de remoção interna para que os servidores manifestem o interesse em atuar nas localidades onde as novas agências estão sendo implantadas. Para não acentuar a carência de pessoal que temos, definimos alguns critérios para fazer o processo de remoção: apenas 10% dos servidores de uma determinada agência poderão ser transferidos. Por exemplo, numa agência com 20 servidores, apenas dois poderão ser removidos. A expectativa é de que, pelo menos, metade das agências esteja construída até dezembro.
Há quanto tempo a senhora está à frente do Departamento de Recursos Humanos da Superintendência Sudeste II do INSS? Quais os principais projetos desenvolvidos, tendo em vista a qualificação profissional dos servidores?
Estou na função de coordenadora há pouco mais de um ano, desde março de 2009. O nosso departamento é responsável por coordenar 22 gerências executivas, que estão distribuídas pelos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Nós atuamos em três áreas específicas: Administração e Pessoal, Treinamento e Desenvolvimento e Qualidade de Vida e Responsabilidade Socioambiental. Na área de Administração, não temos um projeto específico, porque ela é um fluxo de todas as nossas gerências até a nossa direção central. Na área de Treinamento e Desenvolvimento existe uma série de propostas de capacitação profissional dos servidores, onde ministramos palestras, cursos de aprimoramento e reciclagem. Já na área de Qualidade de Vida e Responsabilidade Socioambiental, embora ainda não tenhamos diretrizes definidas, estamos desenvolvendo uma série de programas, campanhas e oficinas para alertar os nossos servidores sobre os riscos do tabagismo, hipertensão e diabetes, entre outras doenças. Também implementamos o hábito da coleta seletiva. Acredito que todas essas ações combinadas possam ajudar na melhoria da qualidade de vida dos nossos servidores.
Que mensagem a senhora deixa para os candidatos que já estão estudando para conquistar uma das eventuais vagas que serão oferecidas?
Eu tenho 25 anos de INSS. E, por isso, afirmo que estamos em uma fase muito boa. O INSS tem se desenvolvido cada vez mais. É nítido o processo de mudança. É muito gratificante fazer parte dessa instituição. Se, porventura, alguém tiver esse desejo, saiba que será recebido de braços abertos.
Fonte : Folha Dirigida
2 comentários:
esse concurso é no brasil inteiro ou apenas na regiao sudeste II?????
alguem sabe????
Uma dúvida eu tenho.
Quero saber pq o INSS homologou no dia 31/03/2010 vários candidatos habilitados no concurso anterior?
O prazo de validade do concurso anterior não foi de 01 ano, mas sim de 02 anos prorrogáveis por igual período.
Esse INSS... sei não... Deveria ter mais respeito com a sociedade, fui aprovado em 7 lugar, tive meu nome homologado no diário oficial e nada... e precisando de funcionários.
Pra que realizar um novo concurso se tem gente no banco de dados, na fila de espera!
Que palhaçada!
Postar um comentário