Após ser reeleito para mais dois anos de mandato à frente da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, o presidente da Casa, Jorge Felippe, tem como uma de suas prioridade a realização de um concurso público. O vereador adiantou que um dos cargos que deverá ser oferecido é o de técnico legislativo (requisitos serão informados, mas na última seleção a exigência foi graduação em Direito), mas outros poderão ser contemplados.
Segundo o presidente da Casa, um levantamento das necessidades está sendo feito com o objetivo de avaliar a real necessidade de pessoal. "Possivelmente, no que depender da minha vontade, vamos fazer um concurso, para o preenchimento de algumas vagas necessárias, hoje, na instituição. Acredito que no fim de março nós já vamos ter uma posição real sobre quais são as nossas necessidades da especialização de mão-de-obra", disse.
Jorge Felippe informou que, no ano passado, a Câmara implementou o Programa de Estímulo à Aposentadoria, na qual aderiram 152 servidores, o que gerou uma economia de recurso de R$25 milhões, o equivalente a 20% da folha de pagamento. Essa redução de custos, segundo ele, deverá permitir a realização de uma seleção para a Casa.
Atualmente, com quase duas vezes mais funcionários não oncursados do que servidores efetivos (794 efetivos, 1.195 comissionados e 250 terceirizados), o presidente afirma que é hora de arrumar a Casa. "A Câmara sempre pecou pelo excesso de despesa relacionada ao funcionalismo público. Não que eles não mereçam. Existe um número de servidores que realmente merece o que recebem. Entretanto, uma grande parcela dos funcionários da Câmara foram efetivados aqui, já que foram requisitados de outras prefeituras, sem que se tivesse a qualidade ou a especialização necessária para o desempenho do trabalho, junto ao mandato dos vereadores. Com o Programa de Estimulo à Aposentadoria, vamos, com certeza, carecer de um quadro mais qualificado", destacou.
O último grande concurso realizado pela Câmara do Rio foi feito 1984. Em 1998, a Casa abriu uma nova seleção, que reuniu quase 100 mil inscritos, porém ela foi anulada devido a fraudes, sendo que a taxa de inscrição nunca foi devolvida aos candidatos.
Câmara Itinerante - Outro projeto que o presidente da Casa quer implementar neste segundo mandato é a Câmara Itinerante. O objetivo é promover eventos externos em bairros da cidade, em que os vereadores e as Comissões Permanentes terão contato direto com o cidadão. Apesar de não ter data para início, o projeto já está em fase de estudo. Será uma tentativa de aproximar o legislativo da população e, assim, conhecer de perto os problemas e buscar as soluções. "Ao invés da população vir à Câmara do Rio de Janeiro, que é um prazer muito grande recebê-la, nós vamos fazer com que a Câmara também vá à população, evitando desperdício de recurso e tempo. Receberemos todas as sugestões que as pessoas queiram dar ao Legislativo", explica.
Fonte : Folha Dirigida
0 comentários:
Postar um comentário