O Legislativo do Rio de Janeiro está programando novidades para 2011. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) é a que está mais avançada. A Casa confirmou concurso e, mesmo não tendo data certa de divulgação do edital, a Mesa Diretora já adiantou que um dos cargos contemplados será o de taquígrafo, com oferta de 25 vagas.
Outra definição é que a organização da seleção será de responsabilidade da Fundação Ceperj. "Será uma das primeiras medidas da Mesa Diretora a abertura de concurso público para taquígrafo. Já fizemos esse pedido à Procuradoria. Esse concurso será aberto até o início do segundo semestre deste ano, com absoluta certeza", afirma o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo.
De acordo com o deputado Wagner Montes, primeiro secretário da Casa, os preparativos já estão bastante adiantados. "Queremos fazer esse concurso o mais rápido possível", enfatiza. Paulo Melo afirma também que, no futuro, será realizada uma seleção para o cargo de gestor público. Será o primeiro concurso da Casa para esta função, que ainda não existe no Legislativo.
O também deputado Luiz Paulo Correa da Rocha comemora a iniciativa e ressalta o déficit de taquígrafos. "Para mim, é clara a necessidade de mais funcionários em ambas as carreiras, mas, certamente, a urgência é na de taquígrafo. Esses funcionários cobrem o Plenário e as comissões."Para o concorrer ao cargo de taquígrafo, é preciso ter formação superior, em qualquer área, e o curso de Taquigrafia.
Câmara de Vereadores - Outro órgão que também quer realizar um concurso este ano é a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. O levantamento de carência já está sendo feito e deverá ser concluído no fim deste mês. "Acredito que no fim de março nós já vamos ter uma posição real sobre quais são as nossas necessidades da especialização de mão de obra", disse o presidente da Câmara, vereador Jorge Felippe.
Mesmo antes da conclusão do levantamento, o presidente já aponta que uma das grandes carências da Casa são servidores ocupando os postos de técnico legislativo (na última seleção, a exigência foi graduação em Direito). "Precisamos de mais técnicos legislativos. Eu te asseguro que nós necessitamos de pessoal em todas as áreas. Há pouco tempo, fomos obrigados, na Taquigrafia, a fazer uma contratação por um tempo determinado, para que pudéssemos concluir todo o processo da legislação que estávamos votando. Estamos carentes mesmo, mas não tínhamos como contratar", explica.
A impossibilidade era em decorrência de a Casa ter estourado o limite de contratações. "Agora, com o fim do Programa de Estimulo à Aposentadoria, vamos, com certeza, carecer de um quadro mais qualificado", confirma. De acordo com o presidente, a economia gerada a partir das aposentadorias foi de R$25 milhões, aproximadamente 20% da folha de pagamento.
Para o presidente da Associação de Servidores da Câmara Municipal (Assercam), Marcos Lacerda, o órgão precisa de uma seleção urgentemente. "Funcionário concursado na Câmara, hoje, é algo que está em extinção. É uma coisa que está acabando. As pessoas estão se aposentando, estão indo embora e a Câmara está terceirizando todos os cargos. Têm, inclusive, pessoas terceirizadas mexendo em documentos confidenciais", denuncia.
Sem uma grande seleção desde de 1984, ele estima o que, hoje, seria a oferta ideal para um concurso. "A Câmara está necessitando de mais de 900 novos servidores, em todas as áreas."
Fonte : Folha Dirigida
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