Com o término da validade da última seleção para técnico e analista judiciários do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ), em agosto de 2010, cresce a expectativa pela realização de um novo concurso para os cargos. Além desses, há as funções de oficial de justiça, comissário, psicólogo e assistente social, que não contam com novos profissionais há mais de cinco anos.
O presidente do tribunal, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, e o corregedor-geral da Justiça, desembargador Antônio José Azevedo Pinto, já confirmaram a necessidade de reestruturar o quadro de pessoal do TJ-RJ. Segundo eles, para que isso ocorra é necessário fazer um levantamento das necessidades e verificar a disponibilidade orçamentária para a contratação de novos profissionais.
"Há uma necessidade urgente de realizar concursos dentro da faixa de atuação da Corregedoria. Temos que tratar, juntamente com a presidência, sobre os planos em termos de novas seleções, que não podem ficar para um tempo mais adiante, em virtude da grande carência de servidores no Poder Judiciário", afirma o corregedor, em recente entrevista à FOLHA DIRIGIDA.
A vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio de Janeiro (Sind-Justiça), Marta Barçante, hoje a defasagem no quadro é de cerca de mil servidores. "As administrações sempre prometem concursos. No entanto, no decorrer da gestão, isso cai no esquecimento. O novo presidente já reconheceu essa necessidade, em virtude da falta de funcionários em diversas carreiras, e prometeu que a reestruturação do quadro estará entre as suas prioridades", ressalta.
O presidente da Associação dos Comissários de Justiça do Rio de Janeiro (Acerja), Leandro d'Ornellas, também aguarda com expectativa pela efetivação da promessa da nova administração do TJ-RJ. Segundo ele, a ampliação do quadro de comissários se faz necessária, tendo em vista que a validade do último concurso (realizado em 2002) expirou em 2006, ou seja, há mais de quatro anos não se convoca novos servidores.
"Esperamos que a nova gestão se sensibilize e promova um novo concurso. Será muito importante, principalmente devido à grande carência de comissários tanto na capital quanto no interior do estado", diz.
Hoje, há cerca de 180 comissários em todo o estado. Segundo Leandro d'Ornellas, para acelerar a tramitação de processos na justiça seria preciso praticamente dobrar o número de servidores.
"Os comissários exercem atividades de assessoria do poder judiciário. Isso significa que o reduzido número de profissionais acaba prejudicando o andamento dos processos. Com o atual quadro não temos como atender a sociedade de forma satisfatória", avalia.
Fonte : Folha Dirigida
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