O vice-presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado do Rio de Janeiro (Sinfrerj), Ricardo Brand, quer celeridade na realização do concurso de auditor fiscal da Secretaria de Fazenda (Sefaz), que foi anulado depois de fraudes no cartão-resposta de candidatos. Contudo, o dirigente diz que é preciso não atropelar os preparativos para evitar novos transtornos. "Queremos que a seleção seja refeita no menor espaço de tempo possível, desde que tenhamos condições de oferecer absoluta lisura no processo seletivo e rigor na seleção dos colegas", frisou.
Ricardo crê ser necessário escolher uma nova organizadora para a seleção. "Temos que pensar direitinho na instituição que vai refazer o concurso. Estamos conversando com o secretário (Renato Villela) para que a organizadora seja uma entidade com tradição na realização de provas para auditores fiscais. Não queremos ter o dissabor de outra decepção", explicou.
Em maio, a Sefaz decidiu anular o concurso depois que a Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora, informou que três candidatos, com auxílio de um de seus funcionários, conseguiram fraudar o cartão-resposta. Ricardo Brand afirmou que o Sinfrerj apoia a decisão do secretário de Fazenda, Renato Villela. "Numa carreira como a de auditor fiscal, com a responsabilidade que nós temos, não pode pairar qualquer dúvida sobre a lisura do processo de admissão. Ficou muito evidente que os três primeiros, de fato, usaram expedientes escusos para serem aprovados, mas, ainda assim, fica a dúvida se alguém mais não foi beneficiado", salientou.
A anulação do concurso motivou a entrada na Justiça dos demais aprovados, que acreditam não haver necessidade de cancelar a seleção. Os classificados reivindicam o prosseguimento da seleção, sob à luz do item 9.17 do edital do concurso que determina apenas a eliminação de envolvidos em casos de fraudes. "Se os aprovados se sentiram lesados, creio que têm o direito em irem à Justiça. Não vejo mal algum nisso. Entendo perfeitamente a aflição deles, pois já passei por uma situação similar. No entanto, não acho que a Secretaria poderia ter tomado decisão diferente. Mas a Justiça pode entender diferente", disse Ricardo, que também informou já ter recebido uma comissão dos aprovados para discutir a questão.
Questionado sobre a possibilidade de junção em apenas um concurso das 100 vagas da seleção que terá de refeito com as outras 100 oportunidades previstas para o segundo semestre, Ricardo disse ser necessário, primeiramente, saber se a Sefaz terá condições de absorver e treinar adequadamente 200 profissionais de uma só vez.
Fonte : Folha Dirigida
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