TRF-RJ/ES: edital em elaboração. Todos os níveis

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Os interessados em participar do concurso para o quadro técnico-administrativo do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-RJ/ES), que abrirá vagas para todos níveis de escolaridade, devem ficar atentos, pois o edital já está sendo elaborado, de acordo com a Fundação Carlos Chagas (FCC), organizadora.

Como a validade da última seleção, de 2007, irá expirar nos dias 21 de dezembro (analista, auxiliar e técnico em Contabilidade, em Informática e em operação de computadores) e 15 de janeiro (demais especialidades de técnico judiciário), e o órgão costuma fazer concursos periódicos, a expectativa é que o edital saia em breve. Inclusive, segundo fontes, o documento poderá ser publicado até mesmo em novembro, embora a Assessoria de Comunicação Social do TRF não tenha confirmado a informação.

Serão contemplados os cargos de auxiliar (nível fundamental), técnico (médio e médio/técnico, conforme a especialidade) e analista judiciários (superior), que proporcionam remunerações de R$2.618,19, R$4.623,09 e R$7.181,52, respectivamente. Os rendimentos abrangem vencimentos básicos e auxílio-alimentação (R$630).

Conforme a Secretaria de Recursos Humanos do tribunal, os cargos de técnico e analista judiciários serão divididos por várias áreas, com o objetivo de formar cadastro de reserva e preencher, de imediato, vagas em funções que estiverem sem concurso em validade. Os maiores destaques serão auxiliar, técnico e analista da área administrativa sem especialidade, que exigem níveis fundamental, médio (antigo 2º grau) e superior em qualquer área (nessa ordem).

Atrativos - Quem alcançar o objetivo de ingressar no TRF terá estabilidade empregatícia (regime estatutário), vale-transporte, auxílio-creche, assistência médica-hospitalar (titular e dependentes) e possível adicional de qualificação. Os interessados também devem atentar para a tradição do órgão em convocar muitos aprovados, ainda mais com a Lei nº12.011/2009, que criou 25 varas e 500 cargos na 2ª Região (275 de técnico e 225 de analista).

O concurso realizado há quatro anos teve oferta inicial de 11 vagas e formou cadastro de reserva. No entanto, já foram nomeados 829 servidores, sendo 115 no Espírito Santo e 714 no Rio. Na época, a seleção, que também foi organizada pela FCC, contou com prova objetiva (Conhecimentos Gerais e Conhecimentos Específicos), redação e exame prático (incluindo físico e de digitação, conforme o cargo em disputa).



 Juiz diz que concurso é uma necessidade


O concurso para o quadro técnico-administrativo do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, que abrange os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, é visto com bons olhos pelo juiz titular da 4ª Vara Federal em Niterói, William Douglas. Além de demonstrar que as seleções na esfera estadual continuam em pleno vapor, o concurso proporciona a oportunidade de reoxigenação na instituição.

"O primeiro aspecto bom é que as pessoas percebem que há concursos acontecendo, mesmo com os cortes no Orçamento feitos pelo Poder Executivo federal. Também será importante dar oportunidade às pessoas que desejam ingressar na carreira pública e para que a Justiça tenha um bom andamento. O TRF está fazendo a sua parte", afirmou.

De acordo com o juiz federal William Douglas, o concurso será fundamental para ao menos diminuir a carência de servidores no quadro de apoio do tribunal. "Felizmente, o concurso está chegando. Os juízes não conseguem fazer nada sem ter profissionais de apoio. Toda decisão que o juiz toma depende do quadro de servidores para ser executada. Os quadros foram criados por lei e precisam ser providos", explicou.

Para o magistrado, o trabalho no TRF propicia diversos atrativos aos profissionais. "O tribunal tem todas as vantagens dos cargos públicos, é um órgão federal e respeitado e, sobretudo, ajuda os outros. Portanto, há diversos fatores que podem atrair os candidatos", assinalou.

"No começo da minha jornada profissional, fui analista judiciário da área administrativa do TRF. Posso dizer que, se tivesse continuado na função, estaria muito bem hoje em dia. Caso seja do interesse do candidato, ele pode conquistar o cargo para depois, com tempo e dinheiro, se preparar para outras funções. Inclusive, existem muitos servidores que se apaixonam pela profissão e acabam tentando ingressar no cargo de juiz", finalizou William Douglas.



Direito Administrativo: professor recomenda o estudo de todo programa

Os interessados em disputar os cargos de auxiliar judiciário da área administrativa (sem especialidade) ou técnico judiciário da área administrativa (sem especialidade) no concurso do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-RJ/ES), que exigem níveis fundamental e médio (respectivamente), provavelmente terão pela frente questões de Direito Administrativo, tomando como base a última seleção, promovida em 2007, também sob organização da Fundação Carlos Chagas (FCC).

Para orientar os futuros candidatos, o diretor operacional do Curso Maxx, Alexandre Lopes, que leciona a disciplina, falou à FOLHA DIRIGIDA sobre a última prova. "Ela foi relativamente fácil porque as questões não demandaram maior complexidade. Foi utilizada apenas a letra da lei, ou seja, as perguntas foram mais normativas. Com isso, muitos candidatos gabaritaram, na época, a parte de Direito Administrativo", explica.

Na visão do professor Alexandre Lopes, a FCC tem características próprias. "O perfil da banca é não ser tão abrangente, pois aplica uma prova muito objetiva. Mas o candidato deve varrer 100% o conteúdo programático, pois, invariavelmente, todos os tópicos cairão. A Carlos Chagas não costuma cobrar programas muito extensos, mas cobra todos os pontos", ensina.

Além da prova anterior, o diretor operacional do Curso Maxx recomendou a consulta da prova da seleção para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, realizada neste ano. "Esse concurso constou de muito mais tópicos em Direito Administrativo e incluiu disciplinas que ficaram de fora da seleção para o TRF da 2ª Região feita há quatro anos. Por isso, acredito que a próxima avaliação do órgão seja mais abrangente", esclarece Alexandre Lopes.

E completa: "É importante estudar, em Direito Administrativo, a Lei nº 8.112/1990, bem como a administração pública e os atos administrativos. Existem questões com pegadinha nas provas da FCC quando há cobrança de aspectos doutrinários e conceituais, mas essa não é uma característica muito marcante dessa banca. Como eu disse, ela costuma ser mais objetiva".

Fonte : Folha Dirigida



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