A Câmara dos Deputados, em Brasília, prepara concurso para preencher vagas em diversos cargos. Estão previstas 100 vagas na área de Segurança (80 para função de agente e 20 na de delegado de Polícia Legislativa) . Há ainda a expectativa de vagas para analista legislativo, que exige nível superior, em quatro atribuições: arquiteto, engenheiro, engenheiro de Segurança do Trabalho e técnico em Material e Patrimônio. Para este segundo concurso, o Cespe/UnB foi definido como organizador.
Conforme FOLHA DIRIGIDA já havia noticiado, segue em tramitação o Projeto de Resolução (PRC) n° 78/2011, que determina a criação de 100 vagas na Polícia Legislativa, setor de segurança da Casa. Atualmente, o PRC aguarda ser encaminhado à Coordenação de Comissões Permanentes (CCP), onde será definido por quais comissões o mesmo deve passar antes de seguir a plenário. A proposta prevê 80 vagas na função de agente e 20 na de delegado de Polícia Legislativa, que têm exigência de ensino médio e superior, respectivamente.
A remuneração corrente para agentes é de R$5.063,89, incluindo R$797,78 de salário-base, R$2.641,93 de gratificação de representação, R$1.564,31 de gratificação de atividade legislativa e R$59,87 de vantagem individual. Já para delegados, os rendimentos são de R$11.914,88, sendo R$4.185,39 de base e os mesmos adicionais, com valores de R$3.508,82, R$4.160,80 e R$59,87, respectivamente.
Apesar de não haver previsão de quando o projeto será aprovado, interessados em fazer parte da polícia da Câmara dos Deputados já devem começar a se preparar, é o que aconselha o professor do Gran Cursos e consultor da Câmara Legislativa do Distrito Federal, João Dino dos Santos. "O candidato não deve esperar o edital para se preparar porque o leque de matérias é muito amplo e dificilmente alguém que parta do zero, terá tempo de criar lastro suficiente para entrar na disputa com chance de sucesso se ficar esperando o edital".
O professor acredita que a concorrência será grande, o que torna a preparação ainda mais importante. "Quanto mais alta a concorrência, maior a nota de corte. Se a banca for o Cespe, por exemplo, com uma errada anulando uma certa, é difícil pensar em estar no páreo sem obter pelo menos 65% a 70% dos pontos líquidos da prova objetiva". Ele aponta que as disciplinas cobradas devem ser Português, Língua Estrangeira, Informática e Direito Administrativo e Constitucional, além das específicas, que devem incluir Direito Penal e Processual Penal. Com isso, o candidato deve proceder aos estudos, dividindo o tempo que possui da melhor forma possível entre os vários conteúdos (para isso o professor descreve um método passo-a-passo. publicado logo abaixo).
Como funcionário do Legislativo, João Dino também avalia as vantagens do serviço na Câmara federal. "A remuneração das duas casas do Congresso costuma ser muito atraente, além de existir plano de carreira e de saúde, bem como valorização do servidor".
Por fim, ele descreve o que os interessados podem esperar do serviço na Polícia Legislativa. "O pessoal é bem treinado, utiliza arma de fogo e tem acesso a diversos cursos, inclusive com instrutores estrangeiros, embora a atividade específica seja dentro dos limites do Congresso. No dia a dia, o policial legislativo trabalha com a segurança dos parlamentares dentro e fora do Congresso, desenvolve ações de investigação relativas a delitos ocorridos dentro da Casa, além de missões de escolta, entre outras atividades".
Passo a passo para a preparação do concurso
- O candidato deve fazer uma rodada cobrindo todas as disciplinas previstas para o concurso, mesmo sem dispor do edital. Ou seja, fazer um diagnóstico preliminar para saber onde há mais deficiências a serem superadas;
- Em seguida é o momento dele testar como assimila melhor o conteúdo, ouvindo, escrevendo, fazendo esquemas, assistindo aulas. O candidato precisa conhecer a si mesmo para aproveitar o esforço do cotidiano.
- Depois é hora de preencher os pontos fracos e fortalecer os pontos fortes, de acordo com a disponibilidade de tempo. Não adianta dizer que vai estudar oito horas por dia, mas só conseguir estudar duas;
- É preciso fazer uma distribuição entre teoria e exercícios. Assim, a sensação de bem estar aumenta, juntamente com a melhora do desempenho;
- No concurso para área de segurança, há duas provas que merecem dedicação de longo prazo: a discursiva e a prova física. Aprender a escrever exige um processo de amadurecimento mais lento que as disciplinas cobradas nas objetivas, e a preparação física também.
Analista legislativo: concurso para diversas áreas. Iniciais de R$11.914
A Câmara dos Deputados também prepara um concurso para preencher vagas na função de analista legislativo, que exige nível superior, em quatro atribuições: arquiteto, engenheiro, engenheiro de Segurança do Trabalho e técnico em Material e Patrimônio.
O órgão já está formalizando a escolha do organizador do concurso: no último dia 10, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) foi autorizado, através de dispensa de licitação - ratificada pelo primeiro-secretário da Casa, deputado Eduardo Gomes - a organizar o concurso. O próximo passo é assinatura oficial do contrato para que o edital comece a ser elaborado.
O número exato de vagas não foi divulgado, pois, segundo o diretor do Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados (Cefor), Fernando Sabóia, o quantitativo pode ser alterado até a abertura da seleção. A estimativa é de que sejam oferecidas aproximadamente 20 vagas, tendendo para o aumento desse número, devido a aposentadorias de servidores.
De acordo com o setor de Recursos Humanos da Câmara, em 31 de agosto, havia um total de 34 vagas para esses cargos efetivos: 19 para engenheiro, duas para engenheiro de Segurança do Trabalho, cinco para arquiteto e oito para técnico em Material e Patrimônio.
A remuneração para o cargo de analista legislativo é de R$11.914,88, que inclui: salário-base, R$4.185,39; Gratificação de Representação, R$3.508,82; Gratificação de Atividade Legislativa, R$4.160,80; e Vantagem Pessoal Identificada, R$59,87. Esses valores são para a primeira classe e sofrem progressão, podendo chegar a um total de R$17.352,53.
O último concurso para as funções de arquiteto e engenheiro, organizado pelo Cespe/UnB, ocorreu em 2003 ofereceu 22 vagas na soma dos dois cargos. Os candidatos foram avaliados por meio de prova objetiva com 100 questões e análise de títulos. Além disso, arquitetos realizaram uma prova prática e engenheiros, uma discursiva. A validade, depois de prorrogada, encerrou-se em 2006.
Já a última seleção para técnico em Material e Patrimônio, que também envolveu outros cargos e teve organização da Fundação Carlos Chagas (FCC), foi aberta em 2007, com 13 vagas para a função, 12 em ampla concorrência e uma para portadores de necessidades especiais. Os participantes fizeram uma prova objetiva com 80 questões e, se aprovados nesta última, uma redação. Essa seleção ainda é válida, sendo possível haver novas conovocações até 16 de março de 2012.
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