Educação-ES: Oferta de aproximadamente 2.400 vagas

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cresce a expectativa em torno da realização do concurso para a Secretaria de Estado de Educação do Espírito Santo, cuja oferta será de aproximadamente 2.400 vagas. Em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, o secretário de Educação, Klinger Barbosa, confirmou a seleção e disse que a previsão é de que o edital seja divulgado já segundo semestre deste ano. Ele salientou que a secretaria está negociando com o Cespe/UnB, cogitado para ser o organizador do concurso. "O concurso está em andamento para que os professores sejam absorvidos até o início do ano que vem. A distribuição das vagas está sendo fechada de acordo com cada disciplina, escola e município, considerando com as regras do concurso. Esperamos que o edital seja divulgado em breve.

FOLHA DIRIGIDA - Por que a seleção anunciada ano passado ainda não foi realizada?
Klinger Barbosa - Ano passado, estavam previstas 1.200 vagas, só que em agosto o STF decidiu sobre a lei do piso salarial. Nessa decisão, a carga horária dos professores ficou alterada em relação às horas trabalhadas em sala e nas horas de planejamento. Isso significava que teríamos que reestudar disciplinas e escolas em como ficaria a nova demanda. Nós só poderíamos fazer isso com a matrícula deste ano. Aplicamos a lei com a nova carga horária e agora, com a nova matrícula e a necessidade, estamos recalculando as vagas. As que estavam previstas para o ano passado, serão inclusas este ano.

O concurso ficou para este ano. A seleção está confirmada ou vai sofrer atraso?
Não, o concurso está em andamento para que os professores sejam absorvidos até o início do ano que vem. A distribuição das vagas está sendo fechada de acordo com cada disciplina, escola e município, considerando com as regras do concurso. Esperamos que o edital seja divulgado em breve.

A organizadora já foi escolhida?
Nós estamos em contato com o Cespe/UnB, que foi o organizador do concurso passado.

O quantitativo será o suficiente para atender a demanda das 2.400 vagas?
Nós temos um número de professores em designação temporária muito maior do que isso, mas só podemos realizar concurso para escolas onde há demanda para a carga horária integral que um professor trabalha. Temos uma rede muito variada e há escolas que têm mais turmas e, por isso, precisamos de mais horas e aulas. Só isso não justifica realizar um concurso, pois esta vaga não existe. Apenas podemos realizar concurso para as vagas que efetivamente são calculadas, de acordo com a carga horária do magistério. Nesse caso, contratamos professores temporários.

Qual seria o efetivo ideal?
É uma conta dificil de fazer, porque temos uma distribuição de professores temporários muito variada. O ideal é que todos fossem efetivos, mas não há carga horária suficiente de acordo com a carreira do magistério. Mas o nosso objetivo é realizar concursos este ano e no ano que vem, talvez em outras áreas, que possam cobrir as vagas que forem aparecendo.

Qual é a distribuição de vagas pelas áreas?
É esta conta que estamos fazendo. Estamos analisando as escolas e os municípios. Mas a quantidade de vagas vai ficar entre 2.300 e 2.400.

Qual será a carga horária?
O professor efetivo faz concurso para 25 horas semanais de contrato. No turno diurno são 18 aulas, pois a aula tem 55 minutos. No noturno, são 16 aulas, de uma hora cada. Com isso, cumpriremos a nova lei.

Qual a remuneração a ser oferecida?
Atualmente, para 25 horas, um professor que tenha graduação (Licenciatura) recebe o salário de R$1.824,21. Se o professor tem um curso de especialização, uma pós-graduação do lato sensu, a remuneração passa para R$1.950,02. Se tiver mestrado, vai para R$2.516,16. E se tiver doutorado, R$3.271.

Há benefícios?
Não, é uma carreira por subsídios, recebem um salário completo.

O programa está sendo alterado em relação ao anterior?
A bibliografia continua mais ou menos a mesma. O concurso anterior tinha a etapa de provas e depois havia o curso de capacitação, seguido de outro exame. Desta vez, o concurso terá uma só etapa, que englobará a avaliação pedagógica dos professores.

O que vai representar para a secretaria a entrada dos novos servidores?
Isso é muito importante, pois precisamos manter o nosso quadro efetivo de professores. Os nossos professores temporários provavelmente serão os candidatos deste concurso. Mas, dessa vez, terão uma ligação diferente com a rede, pois terão estabilidade. Nós não temos condições de promover cursos de capacitação para professores que ficam apenas um ano. Se incorporamos professores efetivos, passa a valer mais a pena realizar esses projetos de longo prazo.

Há previsão de mês para a contratação?
As aulas começam em fevereiro, então, até lá, os professores já estarão incorporados ao quadro.

Haverá cadastro para futuras chamadas?
Agora não é possível, só contrataremos de acordo com o número de vagas designadas. Não haverá mais cadastro de reserva no sentido de só chamar quando haver conveniência. Mas, se algum servidor se afastar do cargo durante a validade do concurso, chamaremos o próximo classificado.

Como está composto o quadro de pessoal da secretaria? Há concursados, temporários ou terceirizados?
Varia muito de acordo com a área. Na área de serviços, como vigilância e limpeza, temos contratações terceirizadas. Para os trabalhos administrativos e pedagógicos, contamos com um quadro de servidores concursados ou requisitados dentro da própria rede.

Há carência de pessoal?
Sim, há carência de pessoal efetivo. Temos muito temporários, principalmente na área do administrativa.

Essa é a maior carência?
Não, a maior carência continua no efetivo dos professores.

A carência é maior na capital ou no interior, no caso dos professores?
Nos dois. Na capital, temos muitas escolas grandes que têm cargas horárias fracionadas que não somam o suficiente para contratar um professor. Por outro lado, em algumas áreas, temos carência de profissionais formados para os concursos.

A secretaria conta com um plano de cargos e salários?
Sim, a carreira do magistério tem um plano de cargos e salários protegido por lei.

Há uma previsão para a divulgação do edital?
De acordo com o nosso calendário, divulgaremos no início do semestre que vem. Ainda há algumas questões internas administrativas a serem resolvidas.

Quais são os planos para os próximos meses?
Em caráter geral, a reestrututação física da rede de escolas, como a construção, ampliação e reforma das unidades. É um programa pesado de investimento que o governo tem feito. Também programas de capacitação dos professores e programas pedagógicos que visam à solucionar os problemas que nós identificamos ao longo do curso.

O senhor poderia fazer um balanço da sua administração?
Muito trabalho do governo, um clima de diálogo com todas as representações que chegam até nós, com demandas da sociedade na área de Educação, além da busca de interação com a sociedade. Muito da educação é feito pelos municípios, então, procuramos dar um apoio técnico e até financeiro.

Quantas unidades fazem parte da secretaria?
São 544 unidades em todos os municipios do estado.

Quantos alunos e professores há na rede?
Cerca de 300 mil alunos, distribuídos pelos níveis fundamental, médio e ensino técnico profissional. Temos, também, uma faixa de 20 mil professores.

Como estão as escolas em termos de infraestrutura?
É um grande programa que temos. Varia de acordo com a escola, há algumas que precisam de manutenções menores, como reforma de piso e telhado, mas há outras que precisam de ampliação. É um programa amplo e temos uma demanda muito grande. Atualmente, temos cerca de 100 obras em andamento, em todo o estado.

Há planos de incentivo ao servidos na Secretaria?
Temos um bônus que é ligado ao desempenho das escolas no programa de avaliação da Educação Básica do Espírito Santo. Vai desde o primeiro ano do ensino fundamental até o terceiro ano do médio

O senhor gostaria de deixar alguma mensagem para os candidatos?
A rede estadual tem uma espectativa muito grande nesta absorção de professores qualificados para trabalharem no desenvolvimento da Educação Básica do estado. Nossa expectativa é de que venham bem preparados e o estado fará o possível para acolhê-los. É uma atitude constante de valorização do profissional.

Fonte : Folha Dirigida



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