O governador Sérgio Cabral anunciou nesta quarta, dia 15, que autorizou a realização de concurso para 200 vagas na área de apoio da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPGE-RJ). "A seleção está prevista para ocorrer no começo de 2013", disse o governador, em cerimônia de posse, no Palácio da Guanabara, da quinta turma de aprovados na seleção realizada em 2010 pela DPGE-RJ. Das 200 vagas, 50 serão para técnico superior especializado (possivelmente para quem tenha formação em Informática, Engenharia, Contabilidade, Assistência Social, Psicologia, Biologia, Biblioteconomia, Comunicação Social e Estatística, conforme consta no Plano de Cargos do órgão) e 150 para técnico de nível superior. O defensor-geral Nilson Bruno afirmou que já está trabalhando junto com o governo para a definição da organizadora e também para que o edital seja divulgado em janeiro.
"Queremos contratar uma instituição que tenha expertise para que não tenhamos qualquer tipo de problema com o resultado final do concurso", afirmou o defensor-geral. Não está descartada que parte das 150 vagas de técnico superior sejam destinada a técnico superior jurídico, que exige formação em Direito. De acordo com Nilson Bruno, desta vez não haverá oportunidades para quem possui o 2º grau. "Não haverá vagas para nível médio, pois o quadro de servidores está completo, com 400 aprovados da seleção anterior já empossados", afirmou.
A remuneração de um técnico superior gira em torno de R$3.360,23, incluindo R$264 de tíquete-refeição e R$154 de auxílio-alimentação. No concurso realizado em 2010, que foi o primeiro da história da Defemsoria para cargos da área de apoio, os candidatos a técnico superior foram avaliados por meio de prova objetiva, com 16 questões de Língua Portuguesa e 12 de cada uma das seguintes matérias: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Processual Civil, Direito Civil, Direito Processual Penal, Direito Penal e Legislação.
Empossados mais 72 aprovados no último concurso
Durante a posse de mais 72 aprovados (71 técnicos de nível médio e um técnico de nível superior) no concurso para a Defensoria Pública-RJ, realizada na última quarta, dia 15, o defensor-geral Nilson Bruno destacou que o ingresso de concursados está trazendo maior qualidade aos serviços prestados pelo órgão. "É uma nova linha de atuação da Defensoria Pública. O objetivo é dar oportunidade aos melhores, para que venham prestar um serviço de qualidade ainda maior. A Defensoria tem quase 600 servidores concursados, isso aumenta a nossa qualidade e coloca todos nas mesmas condições. Esses servidores chegam mais preparados porque foram avaliados por um concurso extremamente rigoroso", disse. Segundo o governo do estado, nas últimas quatro convocações, foram chamados 308 servidores de nível médio e 210 de nível superior.
O defensor-geral enfatizou o estreitamento entre a Defensoria Pública e o governo que, segundo ele, é inédito no Brasil. "Neste governo, o Palácio é uma extensão da Defensoria. Estamos com as contas equilibradas e quem ganha com essas parcerias e com essa relação harmoniosa são os servidores e os assistidos. A Defensoria conseguiu uma verba de 270 mil com o Ministério da Justiça para retirar pessoas das ruas do Rio", afirmou. Ana Maria Dias, primeira colocada no concurso realizado em 2010, foi chamada ao palco para falar em nome de todos os aprovados. Ela agradeceu as melhorias que estão sendo realizadas na estrutura da Defensoria e afirmou que os novos empossados terão muito a colaborar e somar.
O governador, em seu discurso, ressaltou que não há nada mais justo do que o concurso público para a cidadania. Ele lembrou que implementou cotas para negros e índios nas seleções públicas do estado, por meio de uma lei sancionada no ano passado. "Os Estado Unidos começaram o avanço dos direitos civis nos anos 70, por isso fico feliz de que o Rio de Janeiro, em meu governo, seja o primeiro estado do Brasil a avançar nesse sentido. O Brasil ainda tem muito avançar, e a Defensoria tem um papel muito importante nisso, por exemplo, conseguiu o fim da disparidade salarial entre os que acusam e os que defendem", disse. O governador concluiu seu discurso dizendo que os defensores irão render e produzir mais devido ao auxílio que os servidores darão a eles. Fonte : Folha Dirigida
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