Preparação: Conheça situações que são o 'fim do mundo' nos concursos

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Há quem acredite que de hoje, dia 21 de dezembro de 2012, ninguém passa. A corrente teoria do fim do mundo está sendo alimentada pelo mito de uma suposta profecia maia. Mas antes de seguir lendo essa matéria, dê uma olhada no seu relógio: se já se passaram algumas horas desta sexta-feira, comemore. Você sobreviveu a mais essa especulação! No entanto, para muitos concurseiros, há sandices que existem há tempos e seguem em voga por aí. Absurdos praticados impunemente. Para os candidatos, fatos como a realização de concursos apenas com cadastro de reserva, a aplicação de provas logo após a divulgação do edital e a permanência de terceirizados no serviço público são exemplos do verdadeiro final dos tempos. O fim da picada!

Para Alexandre Luna, aprovado em primeiro lugar para o cargo de técnico de apoio especializado do Ministério Publico da União e que já realizou quase 30 concursos, muitos "finais de mundo" acontecem nas seleções. "Na área dos concursos, esse sentido figurado tem várias vertentes. Ocorre quando uma instituição abre seleção para diversos cargos e somente nomeia aprovados em alguns deles. Sem falar nos concursos para cadastro de reserva que, na maioria das vezes, não nomeiam ninguém. O fim dos tempos também acontece na divulgação do gabarito definitivo de um concurso, depois dos recursos, quando a banca organizadora insiste em não anular ou mudar a resposta de uma questão que, claramente, está incorreta e apresenta falhas em sua confecção", comenta. O servidor também relembra, entre outros fatos, o dia em que pensou ser o último durante sua incansável saga por uma vaga. "O maior absurdo que já vi no mundo dos concursos foi um edital para a Guarda Municipal, exigindo do candidato o mínimo de 20 dentes", declara.

O concurseiro Thiago Silva está se preparando para o concurso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e está inseguro quanto aos rumos da seleção. "A não convocação dos candidatos aprovados, sem dúvida, é o que mais desanima na trajetória daqueles que buscam uma oportunidade no serviço público. Depois de muito esforço e uma boa classificação, o candidato deseja, pelo menos, a segurança. Hoje em dia isso nem sempre é possível e eu temo por mim também nos próximos certames. O tempo de espera muitas vezes é longo e nem sempre é recompensado com uma vaga ao final", diz. Para Eduardo Lopes, que está se preparando para concursos na área do magistério, as terceirizações são inaceitáveis. Representam uma espécie de liquidação da ética na administração pública. "Ainda existem muitas terceirizações no nosso país - e isso é algo que eu não aceito, não admito. Acho um absurdo. Milhões de pessoas passam anos e anos estudando em busca do cargo dos sonhos, enquanto alguns apadrinhados estão ocupando os lugares de quem realmente merece", declara.

Outros concurseiros concordam com Eduardo. É o caso de Mirelle Duarte, que está se preparando para seleções abertas em Tribunais. "A terceirização é um grande absurdo. A forma mais justa e honesta de contratação é o concurso. Além dessas terceirizações, existem esses cargos de comissões. O servidor, aquele que ingressa por meio de concurso, deve ser valorizado", comenta. Além de outras dúvidas e incertezas, Thiago Silva se mostra incomodado com a perda de alguns direitos. "Há uma tendência na retirada dos direitos dos servidores públicos, o que é muito prejudicial para o mundo dos concursos, pois nivela o setor por baixo junto às carreiras privadas. Outra coisa que me preocupa é a opção dos governos pela contratação de pessoal terceirizado, no lugar de priorizar a realização de concursos", diz.

Para Alexandre Luna a solução para combater determinados abusos é a criação de uma legislação para os concursos. "Os absurdos atuais que assolam o mundo dos concursos só serão amenizados quando houver uma legislação que trate especificamente dos procedimentos a serem adotados quando da necessidade de realização de um concurso público. Deve ser adotado um procedimento rígido e que estabeleça penas severas, de modo que sejam evitadas aberrações, tais como as fraudes nas bancas organizadoras, a má-fé dos órgãos públicos, e a cobrança de conteúdos absurdos ou que estejam fora do edital", declara. Para Thiago Silva, que já é técnico administrativo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), o mundo esteve próximo do fim. "Achei que o mundo ia acabar quando, em 2011, a Dilma avisou que iria trancar os novos concursos e convocações. Eu estava para ser convocado. Na época, fiquei sem chão. É, o mundo não acabou... Eu fui convocado e tomei posse. Não acredito mais em fim dos tempos, não!”.

Pois é, como bem dizem os premonitórios versos da canção de Assis Valente, 'anunciaram, garantiram que o mundo ia se acabar (...) E o tal do mundo não se acabou". Passado o anticlímax, é hora de respirar aliviado. Aproveitar para colocar a mão na massa. Afinal, na área dos concursos, assim como em várias outras esferas, parece haver muito o que consertar... Será que tem jeito? Fonte : Folha Dirigida



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