A greve de policiais da Bahia, que já dura mais de uma semana, resultou numa onda de violência e até mesmo no cancelamento de eventos e shows. A preocupação, agora, chegou também à esfera dos concursos públicos. Grande parte dos mais de 70 mil candidatos a técnico e médico perito do INSS do estado procuram respostas junto à Fundação Carlos Chagas, organizadora da seleção, sobre as provas, marcadas para o próximo domingo, dia 12, em todo o país.
As questões apresentadas pelos baianos, inclusive na FOLHA DIRIGIDA ONLINE, dizem respeito ao clima geral de insegurança na capital e interior, que coloca em xeque se há ou não condições de aplicar as avaliações no estado, garantindo a segurança dos concorrentes. Afinal, uma onda de assaltos e assassinatos que têm deixado as ruas vazias. Outra dúvida apresentada pelos inscritos, trata de um questionamento prático. Boa parte de colégios e instituições de ensino superior da Bahia, locais de realização das provas, suspenderam as atividades ao longo desta semana, e ainda mantêm as portas fechadas. Haverá tempo suficiente para preparar essas salas para receber os candidatos já no domingo, 12 de fevereiro?
Apesar do clima de incerteza e angústia do inscritos da Bahia, a Fundação Carlos Chagas ainda não divulgou qualquer resposta às perguntas. Tampouco alguma posição oficial confirmando ou não a realização das provas no domingo, ou o anúncio de medidas especiais que possam garantir a realização das mesmas em segurança. Em suas mensagens, muitos dos candidatos chegam a sugerir o adiamento das avaliações no estado - ou mesmo em todo o território nacional. A todas essas questões, no entanto, a organizadora não deu respostas.
"Já encaminhei nota à Fundação Carlos Chagas sobre isso e a primeira resposta foi simplesmente copiar a convocação anteriormente feita. Encaminhei segunda nota e aguardo resposta. Minha mulher, que fará o concurso, ligou para a organizadora. Eles disseram que 'não sabiam de nenhuma greve'. Pasme! Enfim, acho uma temeridade manter provas numa situação onde pessoas estão morrendo, escolas fechadas, comércio também, cidadãos com medo e em suas casas. E a Carlos Chagas não se manifesta."
A reportagem da FOLHA DIRIGIDA reforçou, junto à Fundação Carlos Chagas, os pedidos de esclarecimento dos candidatos da Bahia. Levou à empresa o teor das dúvidas e questionamentos feitos pelos candidatos. Contudo, até o momento, também a reportagem não recebeu qualquer retorno ou orientação da organizadora, com sede em São Paulo Fonte : Folha Dirigida
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