Com a definição da organizadora, no último dia 27, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) agora concentra esforços junto com o Cespe/UnB no sentido de liberar ainda este mês o edital do concurso para técnico (nível médio) e analista (superior) judiciários. O TRE-RJ ainda não informou a oferta de vagas do concurso, mas o quantitativo não deve ser motivo de preocupação dos candidatos. Isso porque o tribunal costuma convocar muitos aprovados.
Um bom exemplo é a seleção anterior, realizada em 2006, quando foram oferecidas 435 oportunidades, mais foram realizadas 594 chamadas, sendo 342 de técnicos judiciários e 252 de analistas judiciários, em diferentes especialidades. Embora a Assessoria de Imprensa do TRE-RJ também não tenha confirmado as especialidades que serão oferecidas no concurso, a expectativa é de que grande parte das contempladas na seleção anterior, realizada em 2006 e cujo prazo de validade já terminou, sejam novamente oferecidas.
Na ocasião, houve oportunidades para técnico judiciário nas seguintes especialidades: área administrativa, apoio especializado (higiene dental e programação de sistemas) e serviços gerais (segurança judiciária e transporte). Para técnico judiciário da área administrativa bastava o nível médio para concorrer. Já para analista as oportunidades foram para as áreas administrativa, administrativa/contabilidade, judiciário e apoio especializado (arquitetura, biblioteconomia, análise de sistemas, medicina/clínica médica, psicologia e engenharia civil).
As remunerações atuais para os cargos que serão oferecidos no concurso são de R$4.303,09 para técnico e de R$7.261,52 para analista. Os valores já incluem a Gratificação de Atividade Judiciária (GAJ) e o auxílio-alimentação de R$710. Os servidores ainda têm direito a auxílio pré-escolar de R$561 (por dependente menor de seis anos) e reembolso de até R$120 (por dependente) com gastos do plano de saúde.
Há, ainda, auxílio-transporte, cujo valor varia conforme a necessidade de deslocamento de cada um. No momento, tramita no Congresso Nacional um novo plano de cargos e salários que, se aprovado, reajustará o vencimento em 56%, em média. Outro atrativo para os candidatos é que a contratação ocorrerá pelo regime estatutário, que garante estabilidade profissional.
Provas - A seleção anterior também foi organizada pelo Cespe/UnB. Na ocasião, quem disputava uma vaga de técnico judiciário foi submetido a uma prova objetiva com 80 questões, sendo 30 de Conhecimentos Básicos, versando sobre as disciplinas de Língua Portuguesa, Noções de Informática e Noções de Arquivologia. As outras 50 abordavam Conhecimentos Específicos, cobrando assuntos a respeito de Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Eleitoral, Noções de Direito Administrativo e Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais.
Houve, ainda, teste de aptidão física para os candidatos à função de técnico judiciário com especialidade em segurança judiciária que foram aprovados na etapa de múltipla escolha, cuja prova era uma corrida de doze minutos. Durante esse tempo, as mulheres teriam que percorrer, no mínimo, 1.800 metros. Já os homens, pelo menos, 2.400 metros. Já quem concorreu às oportunidades para analista judiciário foi submetido a um exame objetivo, acrescido de avaliações discursivas e provas de títulos. Vale ressaltar que participaram dessas avaliações os candidatos que estavam entre a classificação de até 15 vezes o número de vagas previsto no edital.
Candidatos atraídos pelos altos
salários e estabilidade profissional
Os vencimentos e a garantia da estabilidade são os principais atrativos para os candidatos que vão concorrer aos cargos de técnico e analista judiciários do concurso para o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). Alunos do curso Multiplus contam que estão confiantes e que têm se dedicado bastante em relação aos estudos, além de garantirem que todo o esforço e sacrifício valerão a pena no final.
"Decidi participar do concurso, pois tenho facilidade em estudar as matérias que serão cobradas, que são muito comuns às disciplinas que já estudei para outros concursos. Vou concorrer ao cargo de técnico judiciário. Além disso, o número de vagas e a remuneração me chamaram atenção. Estou confiante, tenho estudado em casa e no curso, em média, três horas por dia durante a semana e seis horas aos sábados. Já fiz outros concursos e não consegui a aprovação, mas meu sonho mesmo é passar para o TRE."
Patrícia de Souza, 35, publicitária
"Decidi participar por ser um concurso muito atrativo pelo salário que é oferecido e pela estabilidade profissional. Já tinha participado do concurso em 2007 por influência de uma ex-mulher, mas não estudei o suficiente e não consegui a aprovação. Vou concorrer ao cargo de técnico judiciário e dessa vez estou tranquilo, pois estou estudando desde outubro de 2010, cerca de seis horas por dia."
Alexandre Portes dos Santos, 39, advogado
"Decidi participar do concurso, pois estagiei durante cinco meses no TRE, onde pude ver de perto como tudo funciona e acabei me interessando. É uma ótima oportunidade para quem está começando, como eu. Os vencimentos, benefícios e a estabilidade garantem uma melhor qualidade de vida, o que é mais importante. Vou concorrer ao cargo de técnico judiciário. Apesar do nervosismo e da ansiedade, estou confiante, pois estudo há um ano e dois meses para este concurso, cerca de cinco horas por dia."
Thayná Ramos, 19, estudante de Direito
"Apesar de já ser concursado, o que mais me chamou atenção neste concurso foi a remuneração que será oferecida. Optei participar também pela garantia da estabilidade e pelos benefícios. Vou concorrer ao cargo de técnico judiciário. Apesar de ter a certeza que será um concurso bastante disputado, estou confiante de que vou conseguir entrar. Estou me aperfeiçoando, tenho estudado, em média, dez horas por dia em casa, no trabalho e no curso. Tenho certeza que valerá a pena todo o sacrifício."
Joselito Braga, 34, servidor público
"Decidi participar deste concurso, pois estou em busca da estabilidade profissional e financeira. Vou concorrer ao cargo de analista judiciário. Nunca tinha pensado em fazer concursos públicos antes, porque gosto muito do que faço, é muito prazeroso e tranquilo, mas preciso de um porto seguro e estudo há um ano para isso. Além de estudar no curso, tenho o material sempre em mãos. Tenho um consultório, é tudo muito corrido, mas, quando possível, consigo estudar."
Luis Cláudio Pizzino, 40, fisioterapeuta
"Em primeiro lugar, escolhi fazer este concurso pela estabilidade garantida e pelos vencimentos. Depois, porque me identifico muito com a área Eleitoral, consigo estudar melhor essa parte. Vou concorrer ao cargo de analista judiciário. Comecei a pensar em concursos públicos em 2006 por incentivo do meu marido, que é servidor federal. Fiz este concurso em 2007, mas não consegui a aprovação. Desta vez estou confiante, pois estudo as matérias que serão cobradas há um bom tempo."
Regina Célia de Oliveira, 44, nutricionista
"Optei por participar deste concurso, pois sou formada em Direito e a área Jurídica é a que mais gosto. Vou concorrer ao cargo de analista judiciário. É um sonho trabalhar nesta área, adoro Direito Administrativo. Estudo, em média, quatro horas diárias pelas aulas online, no curso e em casa. Fiz os concursos do TJ e TRF, passei, mas não fui classificada. Desta vez eu acho que consigo, estou muito confiante. Todo o esforço valerá a pena."
Sílvia da Rocha Gonçalves, 47, economiária
"Resolvi participar deste concurso para fazer companhia a minha irmã. Além disso, é um concurso bastante atrativo, pela estabilidade e vencimentos oferecidos. Também vou concorrer ao cargo de analista judiciário. Estou estudando há dois meses, cerca de uma hora por dia durante a semana, e aos sábados, o dia inteiro. Para mim, concurso é para ser feito até passar e ser chamado. Estou tranquila e confiante de que vou conseguir. É importante que haja esperança."
Valéria da Rocha Gonçalves, 44, funcionária pública Fonte : Folha Dirigida
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