Ingressar na carreira fiscal da Receita Federal pode ser considerado um dos maiores desafios que um concurseiro pode enfrentar. As seleções para os cargos de auditor-fiscal e analista-tributário, que têm concurso autorizado para 200 e 750 vagas, respectivamente, são conhecidas sobretudo pelo elevado grau de dificuldade e demandam uma preparação de alto nível daqueles que desejam conquistar a aprovação.
As remunerações oferecidas, por sua vez, compensam o esforço necessário, estando entre as maiores oferecidas no Executivo federal. Os valores iniciais são de R$13.904 para auditor e R$8.300 para analista, podendo chegar, respectivamente, a R$19.755 e R$11.899 no topo da carreira. Em todos os valores já está incluído o auxílio-alimentação, que é de R$304. A contratação ocorrerá pelo regime estatutário, que garante estabilidade.
O prazo para a publicação do edital vai até novembro, mas o mais provável é que ela ocorra bem antes disso. A seleção deve ser conduzida pela Esaf, tradicional organizadora dos concursos no âmbito do Ministério da Fazenda, ao qual a Receita está vinculada.
E a exigência do concurso, que sempre foi grande, está ainda maior desde a última edição, de 2009, quando foram implementadas as provas discursivas (duas) para auditor e dissertativa para analista. Além dos exames subjetivos, os candidatos tiveram que passar por provas objetivas de Conhecimentos Gerais e de Conhecimentos Específicos (I e II, no caso de auditor), além de sindicância de vida pregressa e programa de formação.
O conteúdo programático abrangeu 17 disciplinas para o cargo de auditor e 13 para o de analista. Entre as matérias cobradas para ambos os cargos figuraram Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Espanhol ou Inglês), Raciocínio Lógico-Quantitativo, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito Previdenciário e Contabilidade Geral.
Concorrência qualificada - Com requisito de ensino superior completo em qualquer área, os concursos para auditor e analista da Receita costumam ter uma concorrência bastante ampla, porém qualificada, o que acirra ainda mais a disputa em um processo seletivo que é um verdadeiro ‘funil’.
Na seleção de 2009, dos 77.894 inscritos para as 450 vagas oferecidas de auditor (173,09 candidatos por vaga), somente os 1.080 mais bem colocados nas provas objetivas (sendo 56 portadores de deficiência e considerados os empates) se classificaram para as provas discursivas. Desses, apenas 720 foram chamados para a segunda etapa, composta pela sindicância e programa de formação.
No caso de analista, foram 81.367 para 700 vagas (116,23 para cada uma), com 1.680 passando para a dissertativa (84 deficientes e também incluindo os empates) e 1.120 para a etapa final.
Naquela oportunidade, a Receita Federal obteve autorização para chamar os excedentes do concurso (aprovados fora do número de vagas em edital). Caso isso se repita na nova seleção, poderão ser convocados, ao todo, até 300 auditores e 1.125 analistas (até 50% a mais do que o previsto inicialmente, como é permitido). Fonte : Folha Dirigida
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