Ministério da Saúde: Maioria das 2.500 vagas será lotada no Rio. Editais saem neste semestre

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Ministério da Saúde vai promover um concurso público, até o final do ano, para o provimento de 2.500 vagas nos níveis médio, médio/técnico e superior. A autorização para a realização da seleção foi publicada no Diário Oficial da União da última quinta-feira, dia 5 de julho, pelo Ministério do Planejamento. O órgão tem seis meses para publicar o edital, ou seja, até o dia 5 de janeiro. No entanto, rotineiramente os órgãos federais costumam divulgar o seus editais bem antes deste prazo. Além disso, o Ministério da Saúde precisa substituir terceirizados contratados por organizações não-governamentais (ONG's) até o final deste ano, para cumprir um Termo de Conciliação Judicial firmado com o Ministério Público do Trabalho (MPT).

Outro fator que demonstra que o concurso deverá sair bem antes do prazo estipulado é que a portaria que autoriza a seleção permite que o preenchimento das vagas ocorra a partir de dezembro deste ano. Para que isso ocorra, o edital terá que sair, no máximo, no final de setembro, já que o Ministério da Saúde só poderá aplicar as provas, pelo menos, 60 dias depois da divulgação do documento.

No nível médio, as chances são para agente de saúde pública (70 vagas). Já no médio/técnico, as vagas são para auxiliar de enfermagem (1.370, a maior oferta da seleção) e técnico de laboratório (60). Já no nível superior, há oportunidades para administrador (30 vagas), assistente social (45), enfermeiro (540), farmacêutico (40), médico (125), nutricionista (35), odontólogo (165) e psicólogo (20). Os ganhos iniciais são de R$2.156,42 para os cargos de nível médio e médio/técnico e R$3.225,42 para o superior, segundo a tabela de remuneração dos servidores públicos federais.

Nos próximos dias, a Assessoria de Imprensa do Ministério da saúde deverá informar quando o edital deverá ser divulgado. A maioria das vagas, segundo a Assessoria de Imprensa, deverá ser para atuação nos hospitais e institutos federais localizados no Rio de Janeiro (o único hospital federal fora do estado é o Grupo Hospitalar Conceição, no Rio Grande do Sul). São eles: Hospital Geral do Andaraí, Hospital Geral de Bonsucesso, Hospital Geral dos Servidores do Estado, Hospital Geral de Ipanema, Hospital Geral Cardoso Fontes, Hospital Geral da Lagoa, Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into), Instituto de Cardiologia de Laranjeiras e Instituto Nacional do Câncer (Inca). É possível também que uma parte das vagas seja para atuação em Brasília, assim como aconteceu na seleção realizada em 2009.

Em 2005, foi realizado o último concurso para os seguintes cargos que serão contemplados nesta nova seleção: enfermeiro, odontólogo, auxiliar de enfermagem e técnico de laboratório. Foram duas etapas: prova objetiva e avaliação de títulos para os dois primeiros cargos (nível superior). Todos os aprovados foram lotados em unidades do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. Já na última seleção, em 2009, foram oferecidas oportunidades para administrador, assistente social, farmacêutico, médico, nutricionista e psicólogo. Os candidatos foram avaliados por meio de prova objetiva. A lotação aconteceu na sede do ministério em Brasília, nos Núcleos Estaduais (NE), localizados nas capitais dos estados, e nas Unidades Hospitalares e Institutos do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.


Auxiliar de enfermagem: professor indica os assuntos mais importantes

Das 2.500 vagas que serão preenchidas por concurso público para o Ministério da Saúde, 1.500 destinam-se ao nível médio. Dessas, a maior parte (1.370) é para o cargo de auxiliar de enfermagem. Para dar dicas aos interessados que desejam concorrer a essa função, a FOLHA DIRIGIDA ouviu especialistas, que listaram os principais assuntos e como deve ser a preparação dos candidatos. O professor do Curso Seiton Edson Silvério aconselha que o início dos estudos seja o quanto antes. "Quanto mais tempo o aluno tiver para se preparar, mais tempo há para estudar a matéria toda, fazer as questões, rever os conteúdos e tirar dúvidas. Quem deixa para estudar em cima da hora tem pouco tempo para ver todos os assuntos", disse.

Para ele, é necessário ter um planejamento de estudo. "Não adianta se desgastar e estudar o dia inteiro, para depois não render. É preciso ter uma organização, fazer um levantamento de questões e treinar muito", orientou. Edson Silvério ainda cita os principais pontos que devem ser foco de estudo. "Os candidatos devem estudar mais os seguintes pontos: fundamentos de enfermagem, saúde pública, clínica médica e clínica cirúrgica, que foram os assuntos mais cobrados no último concurso", listou ele, lembrando do concurso de 2005.

Segundo o professor, como a seleção anterior foi realizada há muito tempo, é possível que haja pequenas alterações. "Provavelmente, deve haver algumas atualizações de conteúdo, principalmente em termos de manual, e também deve haver mais livros para serem estudados. Mas acredito que não haverá grandes mudanças", afirmou. A coordenadora do Curso Seiton, Mariinha Teixeira, lembra que o Português não pode ser esquecido. "O Português faz a diferença. Muita gente deixa para estudar Português mais tarde, mas é uma matéria que possui uma cobrança muito grande", aconselhou.

Mariinha Teixeira ainda destaca que é importante estudar sempre que houver oportunidade. "É bom estudar no intervalo de aula, no trânsito, no ônibus. Não precisa ter aquela cultura de sentar para estudar, hoje em dia é bom estudar a qualquer momento, tem que aproveitar cada minuto, porque pode fazer diferença", ressaltou. Ela acredita que, além de praticar com muitos exercícios, os concorrentes devem entrar em um curso preparatório. "No curso, há a orientação para os alunos e o direcionamento dos estudos. O aluno estuda o que os professores prepararam para ele, e os professores já têm uma noção do que costuma cair nas provas, então acaba sendo fundamental", disse.
Fonte : Folha Dirigida



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