Ministério da Saúde: Vencimento inicial de R$2.156,42 para 2º grau

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Autorizado pelo Ministério do Planejamento, o Ministério da Saúde realizará ainda em 2012 um concurso público que visa ao preenchimento de 2.500 vagas. Segundo a Secretaria-Executiva do órgão, responsável pela realização da seleção, os futuros servidores irão reforçar o quadro de pessoal do ministério para a execução das ações de atenção à saúde indígena, saneamento básico e ambiental. Com isso, diversos estados vão ser contemplados com vagas.

Os ganhos iniciais são de R$2.156,42 para os cargos de níveis médio e médio/técnico e R$3.225,42 para os de nível superior, segundo a tabela de remuneração dos servidores públicos federais. As contratações ocorrerão pelo regime estatutário (garantia de estabilidade). Entre os benefícios assegurados estão auxílio-transporte, auxílio-alimentação, auxílio pré-escolar e planos de saúde. Foi confirmado que o grau de escolaridade exigido para o cargo de agente de saúde pública será o nível médio.

Os aprovados trabalharão na Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), nos polos-base e nas Casas de Saúde do Índio (Casais). Os concursados substituirão parte dos trabalhadores contratados por intermédio de seleção pública de Organizações não-governamentais (ONGs) e por meio de contratos temporários da União.

As vagas serão distribuídas por 15 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), entre eles Litoral Sul, que abrange a área indígena da região litorânea dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ainda não foi confirmada a data de publicação do edital, mas é certo que a prova será aplicada até dezembro, pois a intenção do órgão é convocar os aprovados até o dia 31 de março.


Sindicato dos Médicos cobra novo concurso

Entre outras reivindicações, os profissionais da rede federal de Saúde estão em greve por melhores salários e realização de concursos públicos para suprir a carência de pessoal. No último dia 5 de julho, foi publicada uma portaria no Diário Oficial da União autorizando uma seleção para o provimento de 2.500 vagas. Porém, nenhuma oportunidade será para os hospitais federais da capital fluminense, mas para atendimento aos índios em várias regiões do Brasil, segundo informações do próprio Ministério da Saúde.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro (SinMed-RJ), Jorge Darze, afirmou não ser contra uma política de saúde para os índios, mas disse que o número de médicos nas unidades de saúde federais precisa aumentar. “Continuaremos com uma rede hospitalar deficitária, com atendimento insatisfatório, se nada for feito”, declarou Darze, que pediu a realização de novo concurso público.

Para verificar a situação da rede hospitalar federal, a reportagem da FOLHA DIRIGIDA foi à porta da emergência do Hospital Geral de Bonsucesso, no subúrbio carioca, na última sexta-feira, dia 20. Ao chegar, estavam na calçada, sob o sol, Daniel Gomes, de 48 anos, e sua esposa, Maria José Galdino, de 50, que está em tratamento de um câncer de mama no mesmo hospital. “Chegamos às 9h, com minha esposa com diarréia e sangramento. Apesar dela estar fazendo quimioterapia aqui, primeiramente não fomos atendidos na emergência, pois a informação é de que não havia oncologista”, disse Gomes, que presta serviços para a Prefeitura do Rio de Janeiro e mora na Freguesia, em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade.

Após ter o atendimento negado, o casal foi à Ouvidoria da unidade de saúde, ao lado da emergência, onde conseguiu que Maria José fizesse um exame de sangue. O detalhe é que o casal teria que esperar por 2h30 pelo resultado do lado de fora do hospital, num flagrante sinal de desrespeito. “Disseram para a gente esperar aqui fora. Está cada vez pior o atendimento nos hospitais públicos. O governo tem que dar um jeito. Ele se preocupa apenas com Copa e Olimpíadas, e o povo está morrendo”, disse Gomes, desolado.

Mas o absurdo não pararia por aí. A empregada doméstica Ionice Reis, 37, que mora em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, estava revoltada ao deixar a emergência com o irmão e o marido. “Meu irmão teve câncer na boca, mas parece que está voltando, pois está muito inchada. Ele está desnutrido, com muita dor. É só olhar para ele para constatar que precisa de cuidados médicos. Eu tenho um papel que, teoricamente, garantiria atendimento de emergência para ele, mas a recepcionista alegou que não tinha vaga. O jeito é voltar para casa”, afirmou Ionice.

Outra pessoa que reclamou do Hospital de Bonsucesso foi o motorista Rodrigo da Silva Alves, de 25 anos. O morador de Brás de Pina, também no subúrbio do Rio, afirmou que estava há mais de duas horas esperando atendimento para o filho, de apenas um ano, sem obter sucesso na tentativa. “Meu filho está com secreção no ouvido e quero saber o que é, o que causou. Porém, não tem otorrino. E ninguém sabe onde ele está. O pediatra foi almoçar, mas até agora não voltou. O detalhe é que me disseram que vão avaliar meu filho para ver se ele será atendido”, disse Alves.

Enquanto falava com a reportagem da FOLHA DIRIGIDA, Rodrigo foi chamado para o lado de dentro da emergência. Porém, na saída, mais decepção para o motorista, que havia faltado o trabalho para (tentar) cuidar do filho. “Mandaram dar amoxicilina e esperar fazer efeito. Mas ele tinha que ter sido atendido por um otorrino. Tem que rir para não chorar, é muito descaso”, disse, com lágrimas nos olhos e indo embora sem ver o filho ser atendido corretamente. Fonte : Folha Dirigida



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