Delegado da PF garante fim das fraudes

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

"A montagem de fraudes com objetivo econômico, para a venda de gabarito para vários candidatos, isso acabou. Não tem mais como fazer." Esse é o recado deixado pelo delegado da Polícia Federal (PF) Victor Hugo Rodrigues Alves, responsável pelas investigações da Operação Tormenta, que em junho desarticulou uma quadrilha que fraudava concursos públicos no país.

O motivo da veemente declaração está na metodologia desenvolvida pela PF para a identificação de esquemas fraudulentos em concursos. A partir dela, a corporação conseguiu chegar a 55 candidatos que fraudaram o concurso para agente do próprio órgão, aberto no passado, e em seguida identificou sete agentes federais que ingressaram na corporação depois de terem acesso antecipado ao gabarito das provas dos concursos de 2001 e 2004.


Também houve comprovação de fraude em concursos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Receita Federal da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo a PF, o sistema já foi usado para auditar 75 concursos.

O método consiste, inicialmente, na utilização de um software que cruza os gabaritos de todos os candidatos de um concurso, suspeitos ou não, e aponta a existência de concorrentes com respostas muito semelhantes. Após isso, os peritos criminais indicam se a probabilidade dessas semelhanças acontecerem é aceitável ou não, o que segundo o delegado Alves, varia de concurso para concurso, de acordo com o nível de dificuldade das questões. "Se as coincidências fugirem muito de desvio padrão nós começamos a investigação propriamente dita", disse ele.

O delegado fez questão de ressaltar que é somente a investigação pode dizer se o candidato fraudou o concurso. "O software só aponta um caminho a ser seguido", frisou ele, ressaltando ainda o grau de precisão do método. "Com essa metodologia se consegue identificar cirurgicamente os candidatos que se beneficiaram".


O responsável pela Operação Tormenta afirmou que o software desenvolvido pela PF está a disposição de qualquer órgão, independente da esfera (municipal, estadual ou federal), que suspeite da existência de fraudes em seus concursos. Já a investigação criminal, segundo ele, só será feita pela PF nos casos em que for de sua competência.

Por fim, o delegado Alves destacou que os futuros candidatos dos concursos que a PF programa para o ano que vem podem ficar tranquilos, pois as tentativas de fraudes serão coibidas. "Na Polícia Federal, todos os concursos daqui para frente serão auditados. Tão logo a prova seja encerrada e os gabaritos digitalizados, vamos auditar", enfatizou.




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