O Superior Tribunal de Justiça (STJ) prepara-se para realizar um novo concurso público. O órgão já contratou o Cespe/UnB, para prestar serviços de organização e realização da seleção, como publicado no Diário Oficial da União em dezembro. O próximo passo é definir o cronograma e, ainda, os cargos que serão oferecidos. Normalmente, as seleções do STJ oferecem vagas para os cargos de técnico e analista judiciários em diferentes áreas.
Apesar disso, a preparação deve começar desde já, é o que recomenda o juiz do trabalho, professor e especialista em concursos Rogério Neiva, para quem o candidato ao STJ deve estar pronto não somente para a prova desse tribunal, mas, se possível, de todos. "Para que o candidato possa almejar esse concurso, tem que pensar em tribunais. Ele pode ter em mente o STJ, mas tem que montar um programa de tribunais", recomenda.
O especialista esclarece que essa preocupação leva em conta similaridades entre os tipos de corte. "Há uma área (de concursos) classificada como de tribunais. Isso tem a ver não apenas com o formato de prova, mas, principalmente, com uma estrutura tradicional, coerente com o conteúdo programático. Assim como os tribunais estaduais têm suas particularidades, os da União, superiores, têm uma familiaridade maior em termos de conteúdo. Há uma tendência de estrutura programática uniforme nesta área", explica.
A seguir, ele aponta o teor dos conteúdos cobrados por tribunais não especializados, caso do STJ. "O STJ tem um programa com caráter mais genérico, comparado aos de tribunais do trabalho e eleitorais,
significando que é natural não cair Direito do Trabalho, Eleitoral e Processo do Trabalho. Há uma especificidade programática, que é o Regimento Interno. Também deve-se respeitar as particularidades do cargo. Então, o candidato deve observar as que são mais gerais do concurso, mas também as do seu cargo, que irá valorizar determinadas matérias", explica.
Como parâmetro, o professor aproxima o modelo de provas do concurso do STJ ao do Ministério Público da União (MPU), aberto em 2010. "É natural que o programa seja inspirado no desse órgão, não só por ser o Cespe/UnB, mas porque estamos falando de um órgão da União, de cúpula, que tem atribuições e estrutura administrativa semelhantes. Quem vai concorrer a analista da área administrativa, por exemplo, pode se inspirar no programa do MPU, tirando as matérias da legislação do tribunal e trocando pelo regimento interno do STJ. As etapas também devem ser parecidas, provas objetivas e dissertativas", prevê.
Apesar das possíveis semelhanças, Neiva alerta para diferenças entre o Cespe/UnB e bancas como a Fundação Carlos Chagas (FCC), especializada em concursos de tribunais. "O fato de ser o Cespe pode exigir algumas adaptações na estratégia de estudo porque ele tende a colocar mais questões-problema, que exigem solução do candidato a partir da manipulação de conceitos. O Cespe tende a exigir menos detalhes conceituais, menos 'decoreba', e mais raciocínio. O candidato que está focado em tribunais e acostumado com as provas da FCC tem de pegar algumas das suas provas, ou terá uma surpresa na hora do exame", conclui. Fonte : Folha Dirigida
STJ: Especialista aponta como iniciar os estudos
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
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